Devido às tecnologias de informação e comunicação podemos estar todos em sintonia com os acontecimentos globais, mas temos também que aprender a confirmar essa informação em fontes sérias e de confiança, quando não, ficamos situados num mundo que não existe.w
Anteriormente, com a lentidão da informação, tivemos uma vida: previsível, lenta, simples e estável, por isso, facilmente controlável.
Conseguíamos resolver facilmente os nossos problemas porque sabíamos onde recorrer já que as instituições se encontravam sempre nos mesmos lugares, equipadas com ferramentas e gente com uma longa experiência que os preparava para nos atender sem dúvidas e com a legalidade estável do conhecimento também estável.
Assim, o cidadão só tinha que se submeter a essa informação, confiar nas instituições, integrar-se nas regras do grupo ou nas leis do seu país e o futuro estava garantido embora limitado e sem liberdade.
Mas agora, com uma tecnologia de informação e comunicação acessível a quase todo o Ser Humano e com o aumento da população no globo, as leis dos países e as regras das instituições passaram a modificar-se à medida das necessidades e de quem tem mais influência nas nossas vidas.
Por isso, passamos a viver de uma forma mais imprevisível, mais rápida, sendo também mais instável e sem capacidade de controle devido à sua complexidade.
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Só que estas novas tecnologias têm capacidades que superam o impensável: produzem o conhecimento, mobilizam pessoas e funcionam como ferramenta de trabalho quase sempre sem dependência das instituições ou dos governos.
Agora surge outro problema, é que as antigas instituições, habituadas a impor regras de controle, agora têm que se adaptar a esta situação mais livre, mais transparente, mais conectada e mais móvel, em consequência, mais bem informada.
Pessoas que anteriormente tinham profissões de sucesso, agora estão com grande dificuldade de adaptação à sua própria profissão.
O colaborador tem que ser mais autónomo, mais independente das instituições e deve saber liderar quando necessário.
Tem que aprender a criticar com bom senso e discernimento sem esquecer os valores comuns. Deve guiar-se pela agilidade com leveza, economia com consistência e simplicidade prática.
Está a acabar a era industrial e a começar a do conhecimento.
O colaborador já não é uma peça da engrenagem, mas sim um crítico, criativo, ágil e adaptável. Troca ideias e sugere soluções numa empresa onde tem que se adaptar e aprender a evoluir permanentemente.
A empresa deixa de ser uma máquina estável e igual, passa a ser um sistema vivo, aberto e interativo. Ou seja, é um conjunto de elementos que trabalham de forma independente com um propósito comum.
Anteriormente as pessoas e as empresas obtinham o sucesso quando conseguiam ser independentes, mas agora são interdependentes o que as obriga a conservarem uma interligação informativa que as faz produzir com mais qualidade e quantidade conforme a vontade do mercado.
Por sua vez, o mercado muda de acordo com as modas e também com a evolução das tecnologias o que acontece a uma velocidade vertiginosa.
Acabou a exploração da mão-de-obra. Presentemente o colaborador já possui conhecimento e discernimento, ao promover a integração e a interação. Ele passou a ser sensível às informações relevantes.
Isto demonstra que esta nova realidade é interdependente, por isso, o indivíduo tem que possuir autonomia.
Será que NÓS agora somos obrigados a viver em cooperação e interdependência para conseguirmos sobreviver?