Editorial

Solução para o saneamento ou não há bandeira azul em Vila Praia de Âncora
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Jorge VER de Melo

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Jorge VER de Melo

Consultor de Comunicação

Há cerca de 26 anos, 1991, foi iniciado um projeto que tinha como objetivo acabar com a poluição provocada pelos efluentes no mar de V. P. de Âncora, a construção da ETAR da Gelfa.

O seu percurso tem sido muito acidentado, com melhores e piores soluções, mas neste momento, não cumprindo as diretrizes do Dec. Lei 152/97 de 19/06, temos mais uma agressão fatal para o bom nome desta praia, “a POLUÌÇÃO”.

Em consequência disso perdemos novamente a bandeira azul.

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Embora tenham feito uma contra análise que no dia 21 de agosto veio confirmar a boa qualidade da água, tendo a Agência Portuguesa do Ambiente autorizado a reposição do galardão europeu, ”bandeira azul”, não deixou de acontecer o habitual sufoco desta situação.

Estes acidentes prejudicam toda a população, sobretudo quem depende do mar, pois coexistem sem a qualidade de vida e sem os recursos indispensáveis à sua sobrevivência em condições de incerteza.

Além disso altera imenso a subsistência do comércio e o bem-estar de quem quer usufruir de toda esta beleza para satisfação do merecido descanso de um ano de trabalho.

Já nos habituamos ao jogo do empurra: o Governo empurra responsabilidades para a Câmara e esta empurra para o Governo e para as autarquias. Mas a solução é bem conhecida de todos já que a ETAR com a orientação da AML não é capaz de resolver a situação. O certo é que todas as entidades têm que encontrar consenso para uma resolução imediata.

Na verdade, o “GOVERNO”, proprietário maioritário da empresa AML “Águas do Minho e Lima”, está mais uma vez a falhar como responsável indireto pelo trabalho da ETAR da Gelfa, origem de todos estes acontecimentos.

Ficou mais que provado, até pela Universidade do Porto, que no fim de todo este tempo a ETAR está subdimensionada. Têm que modificar urgentemente os processos nem que para isso recorram, momentaneamente, a um exutor submarino.

Embora não seja uma boa solução, pelo menos não prejudica tanto este local na zona balnear, acontece é que no futuro alterará o desenvolvimento da fauna e da flora marítimas.

Claro que descartar sub-repticiamente os efluentes é um processo muito mais fácil não carecendo de grandes investimentos, mas se fizermos as contas relativamente aos valores ecológicos e aos recursos económicos da região, parece-nos que todos ganhamos muito mais procedendo de forma responsável e cuidadosa.

Talvez o ideal passe pela instalação de várias “ETARes” devidamente distribuídas e exploradas no sentido da sustentabilidade, com a conveniente industrialização adaptada para a transformação dos produtos obtidos.

Tenham paciência! Puxem um pouco pela criatividade e encontrem soluções. Não é para isso que os políticos existem?

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