Somos 5 milhões de portugueses na diáspora

Somos 5 milhões de portugueses na diáspora.

A história da minha emigração baseia-se há precisamente 51 anos.

Ao sair o portão da casa de meus pais, naquela madrugada de verão do dia 12 de julho 1964, levava por bagagem apenas uma mala de cartão cheia de saudades. 

Nos anos 60 e início de 70 do século passado, quase meio milhão de portugueses emigraram e, praticamente, todos eles na clandestinidade, para os países industrializados do centro da Europa.

Por outro lado milhares de dezenas de compatriotas partiram como militares para a guerra nas colónias, sem que a razão fosse evidente.

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Por essa causa a dispendiosa guerra nas províncias ultramarinas, necessitava das remessas dos emigrantes.

Devido à situação atual muito alarmante em Portugal provocado pela assombrosa corrupção, o “desvio” do dinheiro depositado em certos bancos pelos nossos compatriotas emigrantes, levou o nosso belo país à desonra e à falência.

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Nestes últimos quatro anos desta década 2010/20, quase 200 mil portugueses emigraram para encontrar trabalho no estrangeiro.

Pois, é. Continuamos a ser filhos de um país eternamente criador de emigrantes.

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Quanto ao meu próprio passado, descrevo-o abaixo, os capítulos das cinco décadas radicado na santa França.

                       

Na companhia de funcionários do Consulado Geral de Portugal em Marselha. 2002

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Compatriotas na Sede da Associação Portuguesa de Marselha. 2002

 

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Aeroporto de Nice, bureau da Portugalia. 2004

O Secretário para a Emigraçao, António Braga, numa conferência sobre a Comunidade Portuguesa em França,

no salao da Assembleia Francesa em Paris. 2006

 

Em Paris, no salão da assembleia nacional da Republica Francesa. 2006

O comentador Pacheco Pereira, notando-me as suas coordenadas,

durante num colóquio da comunidade portuguesa em Paris.

 

Já reformado na promenade em Cagnes sur Mer, Côte d’Azur. 2010

 

 O Maire Lionnel Luca e vereadores em Villeneuve Loubet. Côte d’Azur. 2014

 

   

                       Abílio Dias           Manuel Neiva 

Conterrâneos da mesma epopeia marítima em 1964, para França.

Que décadas depois reencontrei no torrão.  

 

 Com o conterrâneo António Matias em 2008 no lar de Chafé. O mestre da traineira.

Foi este homem Antonio Matias, que, na companhia de outros 20 vianenses na madrugada do dia 13 de Julho 1964,

por via marítima “embarcamos” clandestinamente no porto de Leixões.

E, passados três dias demos à costa numa praia em Saint Jean de Luz, país Basco francês.

Já o sol raiava naquela manhã do dia 16 de Julho 1964.

Desejo para mim como também para todos os compatriotas que nos anos que nos restam a viver tenhamos tempo para narrar toda uma história que superou largamente as quatro décadas a trabalhar naquela que significa para mim, a santa França.

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