O problema não é a constituição da SPINUNVIVA.
O problema é a vulgaridade com que as spinumvivas de todos os quadrantes: político; religioso; empresarial; e outros; se tornou a relação privilegiada e quotidiana na vida das pessoas ligadas ao poder.
A influência e a cunha para ativar essa mesma influência, são a preocupação primeira do cidadão para resolver o que quer que seja que o afeta desde sempre.
A corrupção, versus influência, tem o mesmo princípio divergindo no meio para alcançar o mesmo fim.
Se na corrupção a moeda é a troca, na influência a aposta é na moeda de troca.
Esta promiscuidade entre o interesse, o favor e o resultado, deriva de uma educação com valores assentes na competitividade; o sucesso; a ambição desmedida; a opulência e o ‘estatuto’ social em que vale tudo menos ser solidário.
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É assim o modelo social capitalista que alguns dizem gerador de riqueza que proporciona o posto de trabalho como se não fosse esse trabalho a efetiva fonte geradora da riqueza.
De há uns anos a esta parte os mesmos estão empenhados em dispensar a mão de obra em favor das novas tecnologias que a substituirão.
Um dilema que se coloca à Humanidade desde meados do século passado com a Revolução Industrial tendo a sua aceleração sido mais sentida já no início do presente século o que causou na comunidade científica e no mundo empresarial um dilema dantesco. O consumo.
Ou seja, o avolumar do desemprego faz baixar o consumo por falta de poder económico a que acresce o avolumar de stocks por excesso de produção.
É esta competitividade que gera a normalização da corrupção; do favor; da influência; e das desigualdades sociais existentes e com tendência para se agravarem a breve trecho.
A vantagem do cidadão comum é que tem autonomia e inteligência para perceber quem se vende a quem.
No entanto, num cenário de eleição representativa dos seus interesses, apresenta dificuldade na perceção em discernir mas também em ajuizar quais os verdadeiros interesses intrínsecos dos interlocutores em quem vota de que, generalizando, sai prejudicado.
Nesta valência é a educação que dita o gesto. Um gesto que por defeito na educação vicia o interesse do interessado que acaba por decidir em seu prejuízo como se constata nas reclamações quotidianas sobre as condições de vida em que vivem.
Como é óbvio, em democracia pode mudar de opinião na eleição seguinte.
No entanto, a noção de valores memorizados tem sido ao longo dos anos distorcida, sempre para pior, uma vez que a correlação de forças instalada no poder tentacular às Instituições, desde o berçário às Academias, impõe a formatação curricular no sentido da submissão e da dependência em torno da hierarquia instalada em articulação com o interesse financeiro, independentemente da sua origem social mas também territorial.
A Comunicação Social e as Redes Sociais mais não são do que a constatação dessa evidência com o estatuto de libertinagem opinativa ao abrigo de um princípio constitucional conscientemente distorcido que é a liberdade de expressão.
Como é óbvio, o legislador imprimiu cunho no conceito – o bom senso – do respeito mútuo.
Assim não o entendem os especialistas em distorcer o sentido da intenção, inclusive o Tribunal Constitucional, com visão dispersa sobre matéria da sua jurisdição.
Daí que, na decisão judicial, resulte sentenças do arco da velha que o cidadão comum entende como sendo interpretação jurídica intracultural com dois pesos e duas medidas dependendo mais da capacidade económica dos contendores quando em tribunal comum, do que da razão que a Lei entende.
O jornalismo é uma profissão como outra qualquer em que o empregado faz o que o empregador lhe disser para fazer.
Assim sendo, o óbvio é incontornável e os resultados tem de ser os esperados pelos patrões.
Os eleitores dirão o que bem lhes aprouver.
Esperarão por melhores dias ao sabor das contradições económicas naturais numa economia de mercado de empurra as civilizações para um maior equilíbrio circunstancial imposto pela concorrência entre os diversos operadores.
O que acontece, e por isso o atual cenário internacional com guerras fratricidas na Ucrânia e na faixa de gaza, é que a correlação de forças internacional pende para o poder monopolista que já travou a globalização coma intenção de Trump em impor taxas aduaneiras e a ascensão e sincronização na articulação das Oligarquias que cerceiam a liberdade e viciam a democracia eleitoral.
Este revés civilizacional vai atrasar o processo da globalização mas nunca o conseguirá evitar salvo se, em desespero de causa deitar mão ao nuclear.
As SPINUNVIVAS, são a evidência desta dialética em permanente evolução como que se nada aconteça.