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Suspeita de ilegalidades e discórdia marcam Lar dos Mareantes em Caminha

Lar dos Mareantes

Rumores de que poderiam existir alguns desentendimentos no Lar dos Mareantes, em Caminha, já se ouvem há algum tempo, a ponto de ter circulado nesta vila um manifesto anónimo que pretendia denegrir a imagem do actual presidente da instituição. No entanto, devido às gravíssimas injúrias obviamente que delas não daremos eco.

A verdade é que a actual Direcção, assim como membros da Mesa da Assembleia pautaram os últimos tempos por demissões. Até ao momento são 5, sendo que uma delas ainda não foi aceite como tal. Trata-se de Nuno Brás, 1º secretário da Mesa que solicitou o seu pedido de demissão, mas o tempo passa e da parte da Diocese de Viana do Castelo não chega nenhuma resposta –  isto apesar da insistência do próprio para que tal sucedesse e assim fosse clarificada a sua posição.

Estes e outros assuntos pautaram a última Assembleia Geral da Confraria do Bom Jesus dos Mareantes, quando a pretensão era aprovação de contas do ano transacto e apresentação do plano de actividades. O primeiro foi aprovado, mas do segundo nem se falou.

Assim, a ordem de trabalhos, e por parte de alguns irmãos, foi conseguir que a  Assembleia fosse suspensa. Isso mesmo foi comunicado através de uma carta em que se afirmava que desde a demissão do presidente da Mesa da Assembleia, Paulo Pinto Pereira, que deveria ter sido promovida uma para que fosse eleita o seu presidente , mas «tal não tem vindo a acontecer desde Janeiro de 2015 pelo que todas as assembleias até agora realizadas estão feridas de nulidade por estarem a ser presididas por um dos seus secretários».

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Resultado: o documento não foi aceite, nem foi permitido, como se pretendia, que os irmãos presentes votassem sobre o mesmo. A resposta ou explicação chegava de uma carta do Vigário Geral da Diocese de Viana do Castelo em que assumia que faltando somente um ano para o término do mandato se mantivesse assim, isto é, sem a eleição de novo presidente.

No entanto, essa mesma carta que foi considerada «ambígua», alertava para a necessidade de, efectivamente, promover-se uma nova eleição.

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Perante tal, e após alguma troca de palavras menos agradáveis, tal como já referimos, o propósito não foi conseguido.

Outro dos pontos discordantes diz respeito aos estatutos, concretamente a uma alteração efectuada. Assim, os irmãos insatisfeitos fizeram saber que «verifica-se que os actuais estatutos da Casa de Repouso não respeitam o disposto nos artigos citados na medida em que unilateralmente vieram determinar que os órgãos dirigentes deixassem de ser eleitos em Assembleia desta Confraria para passarem a ser designados entre a Direcção em funções na Casa de Repouso e a Direcção da confraria, sendo atribuídos 5 dos seus membros pela Direcção em funções e os outros 2 pela congénere desta Confraria. Não tendo sido em assembleia geral alterados os estatutos da Confraria do Senhor dos Mareantes que prevalece sobre os da Casa de Repouso , são aqueles estatutos ilegais, pelo que deverá esta Assembleia deliberar pelo suprimento da ilegalidade que enfermam os actuais estatutos».

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As razões de uma demissão

Secundino Barreiros, foi tesoureiro da Direcção da Casa de Repouso e um dos que se demitiu do cargo. Salienta que a sua decisão foi tomada «para bem da instituição, dos idosos e seu, também».

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Em relação à primeira, a instituição, tal deveu-se a «um abrupto decréscimo da credibilidade.» Secundino Barreiros justifica «porque na praça pública correm rumores de que os idosos não estejam a ter o melhor atendimento, pois actualmente cerca de 17 funcionárias estão de baixa médica o que pressupõe uma sobrecarga para quem trabalha e descontentamento, também».

Por outro lado, este irmão, também salienta que a sua demissão foi em prol de preservar o seu bom nome e honestidade pela qual todos o conhecem. «Tenho uma posição a manter, e em nada queria colocá-la em causa», salientou.

Os estatutos e a forma como foram aprovados, foi também a gota de água para esta demissão, pois alega ter-se apercebido que «haveria alguns membros com intenção doentia de poder». Com isto, as intenções iniciais de uma instituição com harmonia, dignidade e vontade de preservar a sua história foram desvanecendo», esclarece. «Se saio triste ou defraudado, sim, mas também tive uma experiência enriquecedora», quis salientar Secundino Barreiros.

Este foi peremptório ao afirmar que a instituição «é dos irmãos, são eles que mandam, e a Igreja não se pode intrometer-se de forma tão ambígua».

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Continuar a lutar e levar a que a actual direcção se demita, conclui.

Fica o recado e a pretensão…

 

 

 

 

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