Tempos de incerteza

Apesar de tudo, em 2019, (?) vivíamos dias que auguravam tempos melhores, tivemos a sensação de que, embora não estivéssemos no melhor caminho, longe disso, o futuro parecia ser mais promissor.

No final do ano, surge o Covid-19 e o mundo que se julgava dono e senhor, que resolveria tudo (?)com um simples clik, ficou completamente perdido sem saber o que fazer.

Mas este ciclo, agora dado como finalizado, está muito longe de estar encerrado. Começam a aparecer patologias associadas às vacinas, o que poderá desencadear novos e desagradáveis acontecimentos.

Enquanto, o mundo parou, ou caminhou em velocidades desiguais, feriu as economias mais débeis.

Foram dois anos perdidos?

Levantadas as medidas restritivas, esperava-se que o mundo e, particularmente, Portugal se lançassem com garra e determinação, no sentido de recuperar o tempo perdido.

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

 

Paulatinamente, a inflação, a que já não estávamos habituados, desponta e é olimpicamente ignorada e desvalorizada. Mas ela não cede e prossegue o seu caminho, desmentindo aqueles que a subjugaram.

Pelo meio, acontece a invasão da Ucrânia pela Rússia e tudo se complica, ainda, mais. A inflação foi subindo, os preços dispararam, muito além da inflacção,  e a classe-média, ou os mais desfavorecidos, entraram numa espiral de pobreza, tantas vezes envergonhada.

 

Por sua vez, os portugueses, entenderam dar nas eleições legislativas, uma maioria absoluta ao partido socialista que, em seis anos de governação, o que tinha evidenciado foi mediocridade,

Como não esperava colher tanto beneficio, ficou sem capacidade de reacção.

Faz-me lembrar este ditado popular, que diz o seguinte quando a ajuda é maior do que o solicitado ou o merecido: “ Deus nos ajude, mas nem tanto ”.

Havia, portanto, todas as condições para Portugal dar o salto. Com seis anos de governo, António Costa, recebeu esta prenda e, por causa disso, viu-se livre do assédio do PCP, de que tanto se lamuriava, mas que  aguentou o governo até ao fim.

Culpava a sua absoluta incapacidade governativa, com a chantagem da geringonça que ele construiu, para benefício do seu ego e nunca de Portugal. Uma vez desfeita, por parte do BE, aguentou-se como indefectível apoio do PCP.

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Porém, depois, a solo, encavalitado numa maioria e com uma bazuca de milhares de milhões, a que baptizou de PRR, para investir, evidenciou a sua total incapacidade para governar, no sentido lato do termo, para o fazer.

Os portugueses, crentes, já viram que têm um primeiro-ministro que apenas serve para fazer joguinhos políticos e montar cenários, mas como lhes vai dando umas esmolas, eles continuam a achar que é insubstituível.

Aquilo que os portugueses esperavam- não sei porquê? – num ápice se desmoronou em sucessivos casos de escândalos de corrupção, demissões sucessivas, sem que o governo demonstra-se um rumo.

E continua.

 

A saúde degrada-se dia-a-dia, como nunca se viu. Na educação/ensino, é o que assistimos todos os dias, com os professores.

Na habitação, em que nada foi feito, do muito por ele prometido, nada se prevê a não ser mais promessas, e ameaças aos privados e ao Alojamento Local, que foi quem dinamizou e revitalizou, os centros históricos, de Lisboa e Porto, até então entregues ao abandono e à decrepitude, enquanto as pessoas desesperam. Ele que tanto prometeu, para este sector, nada cumpriu, depressa se esqueceu da prometida meta de que, no cinquentenário do 25 de Abril, todos os portugueses teriam habitação digna.

Ou na manifesta incapacidade, de que ninguém compreende, em construir um novo aeroporto, com todos os prejuízos para a economia. E nos transportes públicos, nomeadamente os do sector ferroviário, aonde a sempre deficitária, CP dedica tempo demais em greves, à balburdia e a insegurança é total.

Se, passado mais de um ano de governo maioritário de inacção e com os escândalos a sucederem-se, mensalmente, sem que se veja um arrepiar de caminho, ou que o executivo evidencie uma única medida estrutural iniciada, ou um pingo de vergonha.

 

É caso para perguntar ao senhor Presidente da República, porque não demite este governo?.

É que, pior do que está não fica.

 

(José Venade não segue o acordo ortográfico em vigor).

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