“Todas as obras das igrejas do concelho de Arcos de Valdevez estão a ser pagas por dinheiros municipais”, critica o PS

A denúncia não é inédita, mas o PS voltou a questionar a política subjacente aos protocolos municipais. Os “sucessivos apoios que o Executivo Municipal tem vindo a conceder à Igreja” foram, desta vez, visados pelo grupo municipal do PS. Quem fiscaliza quem? Quem controla os apoios? A quem se prestam contas? São estas algumas das questões que estão por explicar …

“Quem controla e fiscaliza os apoios de 20 mil euros à Paróquia do Divino Salvador (Sabadim) e de 15 mil euros à Fábrica da Igreja de Santa Marinha (Prozelo)? Que força é que os padres têm [quando há] tanta gente a passar fome, tanta gente a viver na rua e tantas famílias no limiar da pobreza?”, perguntou o deputado Pedro Marinho, que recordou outros protocolos de financiamento aprovados recentemente (Igreja de Santa Eulália, em Gondoriz; Paróquia de Jolda S. Paio; e Paróquia de Santa Comba, em Eiras).

“Sou católico, nada me move contra a Igreja, mas entendam a nossa posição que é de todos para todos”, vincou Pedro Marinho.

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Recorde-se que os vereadores do PS já haviam denunciado, em sede de reunião de Câmara, a política de apoios a favor da Igreja. “Todas as obras das igrejas do concelho estão a ser pagas por dinheiros municipais. A continuar assim, vamos bater contra uma parede. A dívida [da Câmara] é enormíssima e continua a dar-se dinheiro à Igreja”, criticou, em tempos não muito distantes, o vereador Fernando Cabodeira.

De referir que, ao contrário das intervenções em curso ou recentemente concluídas em vários templos do concelho, as obras de reabilitação, conservação e restauro do mosteiro de Ermelo não foram custeadas pelo Município de Arcos de Valdevez – a Fábrica da Igreja, já na posse do imóvel que dá nome à freguesia de Ermelo, fez, em 2013, a candidatura a financiamento, a qual, após o “visto” do IGESPAR, veio a ser aprovada pelo Programa Operacional Regional do Norte (ON.2 – O Novo Norte), no âmbito do QREN. A verba não elegível foi coberta por esmolas dos devotos.

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Nuvem do Minho
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