TRANSCUNHA alerta para «incumprimentos legais» na transição dos Transportes Urbanos de Viana do Castelo e sai em defesa dos motoristas

A Transcunha – Transportes Rodoviários de Viana, Lda., concessionária atual dos Transportes Urbanos de Viana do Castelo, vem alertar a opinião pública para irregularidades relacionadas com a intenção da Câmara Municipal de Viana do Castelo de internalizar este serviço a partir de setembro de 2025, assumindo-se como operador interno.


A Câmara Municipal já anunciou a abertura de concursos públicos para recrutamento de motoristas de transporte público, mas a Transcunha destaca que «de acordo com a legislação
nacional e comunitária em vigor, a transição dos trabalhadores da atual concessionária para o novo operador interno é obrigatória. Esta transmissão deve assegurar que os contratos de trabalho em vigor na Transcunha, com todas as condições adquiridas, sejam transferidos para a Câmara Municipal, garantindo os direitos laborais dos trabalhadores» – refere um comunicado da empresa.

Enquadramento Legal

A Transcunha reforça que esta obrigação está «amplamente suportada por diversas normas legais, incluindo:
• Dire>va n.º 2001/23/CE: Prevê que os operadores de transportes públicos respeitem as condições laborais e sociais dos trabalhadores envolvidos nos serviços.
• Código do Trabalho (Ar>go 285.º): Determina a transmissão da posição de empregador nos contratos de trabalho em situações de transferência de estabelecimento, assegurando a manutenção dos direitos adquiridos.
• Regulamento n.º 1370/2007, alterado pelo Regulamento 2016/2338: Exige que os operadores de serviço público cumpram as disposições sociais e laborais aplicáveis.
• Lei n.º 18/2021: Reforça a aplicação do arEgo 285.º a todas as situações de transmissão de estabelecimento no setor público ou privado, incluindo serviços de  transporte.
• Contrato Cole>vo de Trabalho (CCT): Estabelece que, em caso de alterações na exploração de serviços de transporte, os direitos e condições dos trabalhadores devem ser assegurados pelo novo operador.»

Reivindicações da Transcunha

Perante esta situação, a Transcunha «exige que a Câmara Municipal de Viana do Castelo tome, com urgência, todas as medidas necessárias para assegurar o cumprimento da legislação em matéria de transmissão de trabalhadores. Esta obrigação inclui:
1. A transferência dos contratos de trabalho dos motoristas e outros profissionais ligados à operação.
2. A garantia da manutenção de todos os direitos laborais, como antiguidade, salários, categorias profissionais e outros benefícios».

PUB

Compromisso com os Direitos dos Trabalhadores

A Transcunha reitera o seu compromisso com os direitos dos seus trabalhadores e apela ao cumprimento das «normas legais e regulatórias que asseguram uma transição justa e transparente». A empresa «espera que a Câmara Municipal de Viana do Castelo adopte as medidas necessárias para proteger os interesses dos profissionais que, ao longo de mais de trinta anos, têm assegurado o funcionamento dos Transportes Urbanos de Viana do Castelo».
«Infelizmente, a forma como este processo está a ser conduzido tem gerado incerteza e insegurança entre os trabalhadores, algo que a Transcunha tem procurado evitar, apelando à Câmara Municipal para adoptar uma postura mais responsável por forma a evitar alarmar e desestabilizar estes profissionais» – conclui o comunicado da TRANSCUNHA.

CCDRN «impede» – responde Luís Nobre

O MD contactou o Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo que afirmou que o caso «está a ser avaliado juridicamente, mas temos parecer da CCDRN que nos impede, pelo que vamos insistir com esta entidade da administração pública para manter ou alterar parecer».

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

PUB
  Partilhar este artigo

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

PUB

Junte-se a nós todas as semanas