Compre já a nova edição do livro MINHO CONNECTION

Tutela anuncia reforço de meios para proteger floresta do Alto Minho

É sempre assim quando a floresta é “castigada” e os incêndios dominam os noticiários de verão.

Depois das terríveis ocorrências de agosto último, principalmente na área do Parque Nacional da Peneda-Gerês, com prejuízos incalculáveis para o ecossistema e para a economia, a tutela apressou-se, logo (poucos dias depois), no Mezio, a anunciar medidas estruturais viradas para a prevenção (prioritariamente) e para o combate.

No seguimento deste plano de intenções, o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, em visita recente a Ponte de Lima, comunicou que, a partir de 1 de julho, no início da fase “Charlie”, os meios operacionais, no distrito de Viana do Castelo, serão reforçados, englobando mais “poder de ataque aos fogos florestais” e “mais 13 equipas, constituídas por 65 bombeiros”. Estes meios juntar-se-ão às 12 atuais corporações de bombeiros que cobrem o Alto Minho. Ao todo, o dispositivo a mobilizar, no referido distrito, integrará 655 elementos, cinco equipas de intervenção permanente (EIP), dois  bulldozers e dois helicópteros.

O governante adiantou, ainda, que, em 2017, o dispositivo nacional de combate, a pensar na época oficial de incêndios florestais, vai ser fortalecido, com 1350 militares do exército (estes vão receber formação e serão munidos de equipamentos específicos), os quais irão completar o trabalho dos bombeiros na fase de rescaldo dos fogos.

PUB

No caso do Alto Minho, o aumento de recursos humanos na fase “Charlie” é a resposta encontrada pela tutela para suprir uma grave lacuna detetada no voluntariado. “O distrito de Viana do Castelo possui um efetivo bastante escasso para as necessidades que tem face ao número de ignições registadas, por ano, na região”, salienta Jorge Gomes

Apesar de o diagnóstico estar feito há muito tempo, a ação governativa continua a estar centrada na denominada “época oficial de incêndios florestais”, designação que, no dizer dos críticos, é a assunção por parte dos sucessivos governos de que os incêndios são mesmo inevitáveis e enquadráveis num período específico (de 15 de maio a 15 de outubro).

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

 

PUB

Duplicou nos Arcos a área ardida de janeiro a maio

Em 2016, bateram-se recordes em termos de área ardida no concelho de Arcos de Valdevez, mas, paradoxalmente, o balanço provisório de 2017 é bem pior. Segundo fonte municipal, o concelho de Arcos de Valdevez já viu arder, este ano, de janeiro a maio, o dobro da área queimada em relação a igual período do ano passado.

PUB

Estes dados mostram, se necessário fosse, que não está a ser feito um trabalho consistente a montante e que as “políticas baseadas em épocas são ineficazes”, como desabafa o presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Arcos de Valdevez, Germano Amorim.

Hoje como ontem, a prevenção continua a ser o parente pobre das opções políticas em matéria de proteção civil, mas alguém há de ganhar com isso. É que “a indústria do fogo dá dinheiro a muita gente…”, diz Jorge Gomes.

PUB

PUB
  Partilhar este artigo
geral@minhodigital.pt
  Partilhar este artigo
PUB
📌 Mais dos Arcos
PUB

Junte-se a nós todas as semanas