“A minha conta pode ser consultada por toda a gente”, afirma António Vassalo Abreu.
O Minho Digital teve conhecimento duma notícia publicada na manhã desta sexta-feira, pela Barca FM, na qual se dava nota que a Polícia Judiciária esteve em Ponte da Barca a fazer “buscas” na Loja Interativa do Turismo da vila, no âmbito da Operação Éter.
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Com se lê na notícia publicada pelo órgão de comunicação social (..) “a Polícia Judiciária (PJ) realizou, na passada quarta feira, buscas na autarquia de Ponte da Barca, no âmbito da Operação Éter, uma investigação em curso que está relacionada com a entidade do Turismo de Porto e Norte de Portugal. Segundo Augusto Marinho, autarca barquense, em declarações à Barca FM, estiveram na autarquia ‘dois agentes da Polícia Judiciária’ a realizar uma busca ‘sobre a empreitada que diz respeito à nossa Loja de Turismo, inaugurada no ano de 2013’.
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Esta operação está a ser realizada em todas as autarquias do Distrito que possuam Loja do Turismo, ligada ao Turismo do Porto e Norte de Portugal, sendo que Ponte da Barca foi a mais recente autarquia vistoriada, depois de Caminha e Cerveira. Ainda em declarações à Barca FM, o autarca barquense disse:“Estamos a falar de um período entre 2012 e 2013” e assegurou ainda “toda a colaboração com os inspetores e agora “aguardamos o desfecho com toda a naturalidade, sendo que o atual executivo nada tem a ver com este processo (…).
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O Minho Digital tem informação que este assunto das “buscas” feitas à loja Interativa do Turismo de Ponte da Barca foi abordado no contexto da reunião de Câmara do passado dia 4 de abril, onde Augusto Marinho terá informado que as buscas tinham sido feitas, dando assim, a primícia dos acontecimentos a todos os presentes naquela reunião.
Este semanário entrou em contacto com o ex-Presidente da Câmara, António Vassalo Abreu, quem deu as suas declarações em exclusivo. “Como sabe, o anterior presidente da Região de Turismo, Melchior Moreira, está detido e a P.J. anda a investigar todos os contratos feitos nas lojas do Turismo. Já foram a várias câmaras do distrito e no que concerne a Ponte da Barca, está tudo correto. A aquisição foi por concurso público e a adjudicação foi feita à empresa que apresentou a melhor proposta, e não tem nada a ver com a empresa que está a ser investigada”, e prossegue “quem quiser consultar a minha conta, pode fazê-lo, nem todos podem fazer o mesmo”.
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Garante de igual forma que “o senhor Presidente da Câmara depois de ter falhado com o discurso da dívida, parece que quer denegrir a minha imagem, mas eu já estou reformado. Se é para denegrir a minha imagem, não vá por aí”, afirmou.
Por sua parte Sílvia Torres, Vereadora da Câmara Municipal de Ponte da Barca pelo Partido Socialista e ex-Vereadora da Cultura, também ofereceu as suas declarações. “Para mim, a forma como as informações – e declarações – foram dadas, denotam que não se tratou de esclarecer, mas sim de uma outra intenção. Esta situação foi dada a conhecer no período antes da ordem do dia, na reunião de Câmara, de que teriam sido realizadas estas buscas à Loja Interativa do Turismo. O Senhor Presidente acrescentou ainda a informação de que a empresa que está em causa não terá sido a empresa à qual nós adjudicamos o material que, por sinal, é a mesma empresa que trabalha ainda com a autarquia. Mas depois as informações feitas à rádio já foram outras”, garante.
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Afirma que “são estas atitudes que me deixam muito descontente e algo revoltada É engraçado que o senhor Presidente esqueceu-se de dizer muitas coisas que são pertinentes, mas que ele não está preocupado em diz-las – como é obvio -, é que esta investigação não é uma investigação feita ao Município de Ponte da Barca, mas sim num âmbito mais geral, a todos os municípios onde há lojas de turismo sob a tutela do Turismo Porto e Norte Portugal. Esqueceu-se também de dizer que a aquisição foi feita por concurso público, e ele sabe-o muito bem; não por ajuste direto. Aliás, a prática do ajuste direto é a prática mais usada por este Executivo. Usa e abusa desta prática que deixa muito a desejar… Esqueceu-se de dar estas duas informações importantíssimas. Só quis referir que não era da responsabilidade do seu Executivo”.
A vereadora socialista reforça que “o senhor Presidente deixa assim esta imagem um bocadinho conspurcada de que o Executivo anterior é que eventualmente poderá estar envolvido em algo menos transparente. E é esta ideia, e acima de tudo, esta postura que não é correta. O senhor Presidente tem uma responsabilidade imensa ao representar um Município, não devia ter este tipo de atitudes”.
