Um olhar sobre Vilar de Mouros 2024

O fim de semana passado chegou ao fim mais uma edição memorável do Festival C.A. Vilar de Mouros, em que ao longo de 4 dias passaram pelo recinto 55 000 pessoas. Já existem datas para o regresso a Vilar de Mouros no próximo verão: dias 21, 22 e 23 de Agosto de 2025.

A perda à semanas, antes do início do festival, de Queens of the Stone Age custou algum do público ao festival. A oferta por parte da organização de um dia extra gratuito para compensar a perda da banda norte americana foi muito bem recebida pelos que foram, principalmente por aqueles que foram apenas nesse dia repleto de bandas portuguesas. Começou tímido com Fogo Frio, mas aqueceu rapidamente com The Legendary Tigerman  a apresentar novas músicas do álbum que está para vir. Os espectadores atingiram o número máximo desse dia para ver GNR que deram um fantástico concerto, Rui Reininho agarrou o público de princípio ao fim com o seu olhar, mesmo improvisando algumas das letras das músicas o festivaleiros cantavam com os GNR. Amália Hoje e Delfins deram o concerto esperado sem grandes surpresas fazendo assim a noite dos que foram ficando no recinto.

O segundo dia começou logo em alta com os portugueses RAMP que fizeram com que o primeiro pó se levantasse ao ritmo da banda. A audiência foi entrando ao longo do concerto e foi enchendo o recinto para os também portugueses Moonspell, que não deixaram o pó assentar, e com as suas estrondosas músicas os muitos fãs cantavam juntamente com a banda. Mas ainda não era desta que o pó assentava; de seguida uma das mais aguardadas bandas da noite, Soulfly, deram uma enorme “porrada” a plateia que não parava de saltar e fazer mosh. O seu som poderoso levou todos ao rubro e a ficar sem energias, o que seria a dica para muitos irem comer. Este ano as filas eram mais reduzidas para tudo, quer seja para comer quer seja para ir à casa de banho. Xutos & Pontapés deram “mais” um concerto durante o tempo em que a maioria foi se reabastecer de energia para os muito esperados The Cult. O concerto foi agradável criando um ambiente mais calmo em comparação com Soulfly mas com uma grande sintonia com a assistência . A banda assim fechava mais um dia no recinto e a festa continuava no palco História como de habitual com o Dj Izzy.

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Durante o dia muitos aproveitavam o Rio Coura para se refrescarem, outros a mini na esplanada também os refrescava, mas quando a música começava timidamente os festivaleiros rumavam ao recinto. No terceiro dia começou com prata da casa vindo da vila vizinha, Vila Nova de Cerveira, os Sulfur Giant abriram o palco. De seguida os Capitão Fausto puseram o público a cantar, uma das surpresas da noite foram os Crystal Fighters que encheram o público de alegria com as suas músicas frescas, cristalinas e energéticas pondo todos a salta de alegria. Ornatos Violeta pegou nessa energia e deu um concerto memorável, talvez o melhor concerto do ano, plateia e banda unidos em uníssono a cantarem muitas das músicas da banda. Mas o nome da noite ainda haveria de vir com os Die Antwoord que levaram o todos ao delírio com o seu espetáculo de luz e som transformando o recinto numa pista de dança.

O último dia foi um dia nostálgico tanto por ser o último como pelo alinhamento. Começou logo com a banda Vapors of Morphine que nasceu das cinzas dos Morphine após a morte do vocalista, de seguida David Fonseca pôs o publico a cantar em português com as músicas interpretadas pela banda. Mas a noite ainda estava a começar e o público encheu o recinto para ver The Waterboys, estes não deixaram ninguém indiferente com o som dos seus clássicos. The Libertines por outro lado deram um concerto tímido e The Darkness contagiaram a audiência  com a sua exuberância e excentricidade e assim chegava ao fim mais uma edição do festival mais antigo da Península Ibérica. Segundo a organização já há bandas a serem contactadas para a próxima edição, e ainda está em cima da mesa a possibilidade de haver um dia extra no festival. De forma geral, ambiente festivaleiro foi bom tanto para os espectadores como para os habitantes que recebem sempre bem quem vem ao festival.

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