Um plano de 20 mil euros  que «despreza» 95% do concelho de Caminha

«Câmara de Caminha pagou 20 mil euros por um plano de promoção  da acessibilidade que só contempla a vila de Caminha e não faz qualquer referência ao restante concelho» – a acusação parte da oposição à autarquia socialista.

A Coligação O concelho em Primeiro propôs em Assembleia Municipal, que «face aos problemas graves de acessibilidades», fosse criada uma comissão, entre os deputados eleitos, para identificarem os pontos e locais onde a questão das acessibilidades para todos «não estivesse acautelada».

Desta forma, os deputados municipais, «poderiam dar o seu contributo para um concelho mais inclusivo e menos restritivo no que às acessibilidades diz respeito».

Esta proposta foi rejeitada pela maioria socialista da assembleia Municipal.

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Foi referido na altura que já estava contratado a uma empresa de fora um estudo para tratar deste tema.

Esse estudo custou mais de 20 mil euros.

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«A Coligação solicitou esse estudo e ficou a saber que o mesmo só analisou a vila de Caminha e só a uma ínfima parte de Vilarelho faz referência» – acusa a Coligação.

«O restante concelho não foi sequer analisado, dir-se-ia que foi completamente desprezado neste estudo, sob a orientação e ordem do executivo que assinou o contrato com esse objeto específico e que custou mais de 20 mil euros a todos os caminhenses», pelo que a Coligação O Concelho em Primeiro considera que “ É um plano coxo, por via da decisão do executivo. Como é que se paga 20 mil euros por um estudo e esse só trata de uma freguesia e despreza o restante concelho?  Será que as outras freguesias não têm direito a um plano de acessibilidades?».

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E complementa: «O estudo é claro, relativamente à Vila de Caminha, e cita-se “ (…)ausência de percursos acessíveis que advêm da presença de elementos urbanos a interromper os percursos pedonais, não permitindo a existência de dimensões mínimas obrigatórias por lei(…)», daí que «De facto, a Câmara de Caminha é a que mais incumpre a lei das acessibilidades, como podemos aferir em recentes obras. Se fosse um munícipe a fazer uma obra não lhe perdoavam nem um milímetro».

«Mas, a lei é (deveria ser) para todos! A lei tem que ser cumprida e os planos feitos com dinheiro de todos os caminhenses deve contemplar o concelho inteiro e não somente uma parte de uma união de freguesias».

A OCP continuará «disponível para ajudar» no trabalho de campo que «é preciso fazer»  mas repudia que «se use tanto dinheiro desta forma».

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Entende que «não era necessário ninguém vir de fora dizer, por exemplo, que as passadeiras da rua de São João não cumprem a lei porque não têm piso táctil, ou que algum mobiliário urbano é restritivo e penoso para invisuais, por exemplo. É preciso é que o executivo assuma o erro da recente obra, a ilegalidade cometida no que às acessibilidades diz respeito e corrigirem o que houver para corrigir».

E aponta alternativa de investimento: «Os 20 mil euros gastos neste plano davam para recuperar alguns  dos muros caídos nesta última intempérie, por exemplo».

«As prioridades têm que ser as pessoas e elas têm que ser o centro de toda a ação política», razão pela qual «Temos que pensar no concelho de Caminha em primeiro lugar e deixar de usar o dinheiro em estudo e planos contratados a peso de ouro a empresas de fora,  porque o executivo não consegue fazer nada sozinho. Temos que melhorar o concelho e as condições de vida para quem cá vive».

A oposição ao executivo socialista defende, ainda, que «Temos que fazer crescer o concelho com o respeito que todas as freguesias e cidadãos merecem, sem qualquer exclusão, partidarismos ou promoções pessoais eleitoralistas».

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