Editorial

Uma questão de tempo
Jorge VER de Melo

Jorge VER de Melo

Certas pessoas vêem o seu dia como um permanente adiamento das obrigações.

Esse é um modo de vida virtual. Senão vejamos.

A nossa existência está permanentemente dependente do tempo disponível para cumprir as obrigações do dia a dia.

Tudo acontece porque em determinada altura os monges Beneditinos colocaram em prática um diferente processo que os auxiliava a orientar e fazer cumprir diariamente todos os momentos religiosos. Então resolveram utilizar o relógio de água que os alertava para as horas das orações.

Enquanto anteriormente as pessoas se orientavam pelas posições da lua, pela suas fases ou até pelas posições relativas do sol, hoje e devido à invenção do relógio, o homem não é mais do que um escravo do tempo por ele ditado.

Toda a nossa vida está presa, quer queiramos ou não, ao tempo disponível para o cumprimento de cada atividade ou obrigação.

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Por isso, podemos considerar-nos escravos do tempo:

  • Para levantar da cama;
  • Fazer a higiene;
  • Nos alimentarmos;
  • Começar a trabalhar;
  • Acabar o trabalho;
  • Quanto nos pagam em cada hora;
  • Quando temos que levar ou ir buscar o filho à escola;
  • Quando temos que pagar o aluguer ou a prestação da casa, do carro ou de mais responsabilidades;
  • Qual o dia do pagamento da água, do gás ou da energia elétrica, etc.

Imensas pessoas não resistem a essa pressão, entram em estado de stress, em descontrolo da vida diária e em falência existencial.

Tudo não passa de uma questão de hábito, mais propriamente de uma questão de tempo.

É que nós nascemos ao fim de um determinado tempo, normalmente nove meses após a fecundação. Depois disso temos uma existência de vida onde se encontra a verdade dos factos!

Se possível vamos aproveitar esse tempo que nos foi oferecido, de forma agradável mas ajudando também os outros.

Vamos então ponderar o que mais nos interessa desse mesmo tempo de vida:

–  Nunca devemos deixar para amanhã o que pudermos fazer hoje. Questões adiadas tarde ou nunca se resolvem;

– Quando procurarmos uma solução e não conseguirmos, será melhor pararmos por um curto espaço de tempo porque quando tentarmos de novo vamos poder analisá-lo sobre outro ponto de vista que talvez nos facilite encontrar a conclusão procurada;

– Todos os problemas têm solução! Pode é não ser a mais desejada;

– Mas se desistirmos, o resultado é sempre pior! Procure uma solução dentro do tempo exigido, quando não, vamos ficar normalmente mais prejudicados.

Há quem diga que o tempo é dinheiro. Não é bem assim, o dinheiro apenas ajuda a resolve alguns problemas e por vezes até atrapalha a procura da felicidade.

Às tantas, talvez a solução seja, gozar este tempo de existência da melhor forma possível.

1- Recordarmos sempre o que de melhor nos aconteceu;

2- Gozarmos bem o nosso tempo de vida sem problemas para nós nem para terceiros e;

3- Lembremo-nos que o tempo da nossa existência é apenas nosso embora tenha interferência na vida de outros, nós é que usufruímos desse tempo, por isso se o quisermos mais extenso ou mais curto, podemos utiliza-lo da melhor ou pior forma, apenas dependendo de nós e não de qualquer outra pessoa.

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