Editorial

AS VACINAS NÃO ACABAM COM A PANDEMIA
Jorge VER de Melo

Jorge VER de Melo

Jorge VER de Melo

Professor Universitário

(Aposentado)

Temos a sensação de que existe algo errado na gestão desta pandemia.

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

Senão vejamos, quanto às regras preventivas de comportamento, não se verifica grande preocupação do cidadão em cumpri-las. É uma chatice!…

As pessoas queixam-se que querem trabalhar e não podem porque lhes encerraram as empresas por causa da pandemia. Mas depois vamos vê-las nas manifestações sem os cuidados necessários para evitar a contaminação.

Bolas, se queremos acabar com isto, nem é fechando portas nem fazendo manifestações, o segredo está apenas no comportamento de cada um.

Todos refilam, todos estão zangados com a sorte, mas vamos pela rua, das raras vezes que somos obrigados a fazê-lo, e vemos uma generalidade de pessoas que não cumpre o distanciamento.

Encontrões são das coisas piores para a contaminação, esperar numa fila a uma distância inferior a dois metros de quem está atrás ou à frente é quase criminoso pois estamos a pôr em risco a nossa saúde e a dos outros.

Quando entramos num supermercado devemos desinfetar as mãos à entrada, em primeiro lugar porque de seguida vamos mexer naquilo que está à venda e podemos contaminar a mercadoria.

Claro que depois de fazermos as compras e antes de sairmos do supermercado, devemos desinfetar novamente as mãos porque ainda há muita gente que não o fez e o mais certo é que tenham contaminado aquilo tudo.

Mesmo assim, chegando a casa, não custa nada deixar os sapatos à porta e calçar uns chinelos que já lá estão à nossa espera, lavar as mãos e, se possível, mudar de roupa.

Se todos cumprissem rigorosamente estas regras, certamente não seria necessário encerrar estabelecimentos nem despedir trabalhadores.

Acontece que a generalidade dos cidadãos olha muito mais para o seu umbigo do que para a sociedade.

Todos têm razão em protestar, mas não é assim que resolvem os problemas. Não é com a economia fechada nem mesmo com as vacinas, mas sim com um comportamento rigoroso porque todos podemos ficar contaminados de um momento para o outro.

Imaginem:

  • Quando saem de casa andam a caminhar encima de veneno;
  • Quando se aproximam de alguma pessoa, ela está contaminada com veneno;
  •  Quando mexem em algo fora de casa, isso está coberto por um pó venenoso;
  • Quando chegamos a casa estamos carregados de veneno;
  • Locais onde o distanciamento não seja possível, não podemos lá entrar porque o veneno toca em todos os presentes, logo, tudo ficará contaminado;
  • Tudo isto é figurativo, mas devemos punir quem prevarica as regras porque está a obrigar a fechar empresas, a colocar no desemprego milhões de trabalhadores e a matar pessoas ou a pô-las em sofrimento.

Não esqueçam que a minha liberdade termina quando prejudica terceiros.

Sei que isto não é simpático, mas é a realidade…

Agora já devem entender porque razão nos preocupa toda aquela higiene até quando chegamos a casa?

Não será mais simples sermos rigorosos e acabarmos com isto de vez?

Será melhor e mais fácil do que continuarmos com esta tortura!…

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