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Valença abre a Rota dos Castelos e Fortalezas da Viagem no Tempo pelo Alto Minho

Candidata a Património Mundial, a fortaleza de Valença é a porta de entrada da Rota dos Castelos e Fortalezas, que abrirá no próximo ano, no âmbito do projeto “Alto Minho 4D – Viagem no Tempo”. Sábado, a porta entreabriu-se para uma primeira abordagem daquele monumento, com uma conferência e uma visita guiada à fortaleza.

 

Considerada pela investigadora da Universidade do Algarve, Renata Araújo, como “a geratriz do reino, pois é aqui que tudo começa”, a fortaleza de Valença é o expoente máximo das fortalezas do Minho, à qual se junta as de Caminha, Vila Nova de Cerveira, Valença, Monção e Melgaço. Exemplo mundial da arquitetura militar abaluartada, a construção da fortaleza de Valença foi projetada na segunda metade do século XVII e sucessivamente implementada no século XVIII. Inicialmente, apenas existia a muralha, sendo a fortificação construída com uma imponente estrutura de 12 baluartes e quatro revelins.

Apesar de ser o monumento mais visitado de Valença, o presidente da Câmara local, Jorge Mendes, acredita que com este projeto da CIM Alto Minho, conseguir-se-á “atrair e reforçar os visitantes” não apenas para Valença, mas para todo o território do Alto Minho: “Nós queremos que o visitante tenha uma experiência agradável do território e que leve referências não só de Valença como dos outros municípios. Temos aqui um património imenso, com uma beleza riquíssima, que a CIM Alto Minho e os seus 10 municípios têm estado a valorizar nos últimos anos de uma forma muito ativa”. O autarca afirma que “a nível nacional, a CIM Alto Minho é uma referência pelo trabalho de equipa a 10” e explica o sucesso desta rede criada na região: “Este é um trabalho de partilha e cooperação. Nós somos muito pequenos comparativamente com outros destinos, pelo que a 10 encurtamos distâncias, maximizamos energias e marcamos pontos a nível nacional e internacional”. Um trabalho em rede que Jorge Mendes diz estar já a dar frutos, com impactos “na hotelaria, na restauração, nas atividades económicas, na captação de investimento e na fixação de pessoas”.

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Com o projeto “Viagem no Tempo – Alto Minho 4D”, a vila de Valença terá implementado no Paiol do Campo de Marte a “estação do tempo” da rota dos Castelos e Fortalezas, que funcionará como um centro informativo e de acolhimento para os visitantes. Aí, o visitante entrará num túnel e percorrerá a três dimensões uma viagem no tempo pelos castelos e fortalezas do Alto Minho.

 

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Alto Minho é a região do Norte com mais monumentos nacionais classificados

Na sessão de abertura da conferência “Dos Castelos e Fortalezas”, o secretário executivo da CIM Alto Minho, Júlio Pereira, explicou que cada município é líder de uma rota numa determina época histórica, cabendo a cada um a porta de entrada para essa rota. Júlio Pereira recordou que o projeto “Alto Minho 4D – Viagem no Tempo” insere-se na “Estratégia e Plano Global de Ação Alto Minho 2020, que visa a valorização dos elementos identitários da região: nomeadamente a natureza, a gastronomia e o património material e imaterial. O responsável frisou a importância do património na região e relembrou que “no Turismo do Norte, o Alto Minho é a região com mais monumentos nacionais classificados e com vários em fase de classificação”.

Este é “um projeto para o futuro”, como referiu Álvaro Campelo, curador das conferências, pois “a valorização do território e das suas gentes só é possível se conhecerem a sua cultura, a sua história e o seu património”. Isso mesmo se revelou durante a visita que meia centena de pessoas fizeram à fortaleza no sábado à tarde, sob orientação da investigadora Renata Araújo, e que finalizou com uma performance do Coro das Mulheres do Minho.

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Também durante todo o dia de sábado, dezenas de sketchers registaram no papel a excelência do património de Valença. Oriundos dos mais diversos pontos do país, os artistas mostraram-se encantados com a imponência da vila. Para José Tavares, vindo do Porto, e que tem participado em todos as atividades “Sketching com História”, que a CIM Alto Minho tem promovido juntamente com as Portas do Tempo, “a riqueza histórica, a beleza da paisagem e das muralhas” marcam o seu registo de Valença. Já Rui Queiroz, que se estreou a desenhar Valença com marcadores a óleo, preferiu desenhar a fortaleza em vez das casas ou a vila, por considerar “marcante” na imagem da vila.

O projeto “Alto Minho 4D – Viagem no Tempo”, que foi aprovado pelo Programa Operacional Regional do Norte – Norte 2020, no domínio do “Património Cultural”, vai continuar a dinamizar uma atividade por mês, passando pela sede de concelho de cada um dos dez municípios do distrito de Viana do Castelo. A próxima paragem é em Melgaço, no próximo dia 20 de outubro, com a “Rota dos Mosteiros”.

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