Jorge V. E. R. de Melo
Consultor de Comunicação
Se queremos conservar alguma saúde devemos começar por atingir um peso equilibrado.
Surgem aqui as primeiras dificuldades, porquê?
- O que é peso equilibrado?
- O que é conservar?
- O que é saúde?
O peso equilibrado consegue-se saber, consultando uma tabela que relaciona a idade com a altura da pessoa.
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Até aí, é fácil de entender. Pesamo-nos, comparamos com a tal tabela e assim ficamos a saber quanto temos que engordar ou emagrecer.
O grande problema surge quando queremos atingir o peso que nos aconselham, mas pior ainda é conseguir manter o tal peso.
É que o homem é um animal sensível, aproveita todos os sentidos para recolher algum prazer, portanto, quando come considera vários sentidos:
– A visão. Porque o aspeto da comida ativa o apetite;
– O olfato. aquele cheirinho… por vezes, faz-nos perder a cabeça;
– O tato. Quem não aprecia apalpar um pão estaladiço ou partir a pele do leitão assado!
– Mas o paladar é que provoca o pecado da gula.
Vai ser difícil conservar o peso com estes quatro sentidos bem apurados.
Agora reparem que o terceiro ponto, saúde, é ainda mais difícil de equilibrar porque se tratamos o corpo, com os sacrifícios exigidos, (não comer doces, nem fumados, nem bebidas alcoólicas, evitar as carnes vermelhas e as gorduras, etc.), estamos realmente preocupados com o corpo mas a mente vai sofrendo perigosamente.
Existe um ditado que nos ajuda a entender isto:
«Quando um pássaro está vivo, come as formigas, mas quando morre, são as formigas que o comem.» (Inserido por Micaela Almeida no “Pensador”).
É que se não formos cuidadosos, equilibrados, com esta coisa das dietas, ainda acabamos por morrer da cura.
A este propósito vou contar-vos uma história passada comigo.
Quando me reformei, nos primeiro seis meses engordei oito quilos. É que o meu último ano de trabalho foi bastante estressante porque havia uma Ministra que editava Circulares de tal forma mal redigidas que tínhamos de telefonar para a Delegação Regional pedindo ajuda.
Lá chegávamos a acordo com significado daquilo e eu, naturalmente, pedia para me enviarem uma mensagem com aquelas conclusões. A pessoa que estava do outro lado da linha imediatamente me respondia que não tomava essa responsabilidade. Só que no dia seguinte lá vinha outra circular mais percetível e assim íamos sobrevivendo. Isto era de dar em doido…
Até que um belo dia chegaram a corrigir três vezes uma mesma Circular que continuou ambígua e aí eu fiquei tão possesso que me dirigi à secretaria pedindo a reforma por muito que perdesse. Passados uns meses lá me vim embora.
Só que a mudança da tensão permanente para o descanso total, provocou a minha acumulação de gorduras.
Então resolvi pedir uma consulta na Médica de Família que é uma pessoa simpatiquíssima e me foi dizendo para comer menos e fazer mais exercício.
Aí eu perguntei-lhe:
– Ó Dr.ª! Então não existe um medicamento que evite tanto sacrifício?
E ela respondeu-me:
Meu caro, existem muitos medicamentos para essas situações, mas o mais eficiente, até infalível, é fazer exercício e deixar de comer.