Editorial

VAMOS LÁ VIRAR A PÁGINA
Jorge VER de Melo

Jorge VER de Melo

[[{“fid”:”31711″,”view_mode”:”default”,”fields”:{“format”:”default”,”alignment”:””,”field_file_image_alt_text[und][0][value]”:”Jorge Melo perfil”,”field_file_image_title_text[und][0][value]”:”Jorge Melo perfil”,”external_url”:””},”link_text”:false,”type”:”media”,”field_deltas”:{“1”:{“format”:”default”,”alignment”:””,”field_file_image_alt_text[und][0][value]”:”Jorge Melo perfil”,”field_file_image_title_text[und][0][value]”:”Jorge Melo perfil”,”external_url”:””}},”attributes”:{“alt”:”Jorge Melo perfil”,”title”:”Jorge Melo perfil”,”height”:”182″,”width”:”170″,”class”:”media-element file-default”,”data-delta”:”1″}}]]

Jorge VER de Melo

Professor Universitário

(Aposentado)

w

Todos os nossos políticos tiveram o cuidado de afirmar vontade forte para virar a página. Estamos a referir-nos aos discursos dos responsáveis partidários nos últimos comícios onde se habilitam às próximas eleições legislativas.

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

w

É caso para preocupar muita gente! Se todos pretendem virar a página é porque a anterior não foi bem preenchida.

Se existe descontentamento com os resultados da última governação, (do Governo e do Parlamento), “nenhum deles está satisfeito com o seu próprio trabalho.”

Por isso querem virar a página num sentido totalmente diferente, ou seja, arriscar outras experiências já que as anteriores se reportaram a uma boa percentagem de fracassos.

w

Meus caros, encontramo-nos num beco sem saída!

w

Temos que procurar outras escolas para formar políticos pois as destes, (os próprios partidos tal como a Lei assim obriga), conferiram uma formação pouco eficiente. O resultado está à vista e confirmado pelos seus próprios dirigentes.

A mais alta personalidade da Nação, o nosso Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa na sua mensagem de Natal, teve o cuidado de salientar muitos dos problemas urgentes que todos conhecemos e que não foram resolvidos.

w

Já em 2020, numa pequena resenha do seu discurso ele lembrou as desventuras da nossa história recente:

  • O racionamento do fim da 2ª Guerra;
  • Os que combateram em Angola, Guiné e Moçambique até 1974;
  • Os retornados dessas mesmas terras e o efeito coletivo;
  • As crises financeiras e económicas;
  • O resultado em crises sociais;
  • Originando um milhão de emigrantes entre 1960 e 1974;
  • E ainda a crise da década 70/80.

w

Nesse ano apelou à resiliência dos cidadãos.

w

Mas agora, o Presidente alerta para os esquecidos da sociedade:

       – Os ignorados e oprimidos;

       – Descompensados psicologicamente pela pandemia;

       – Os que mais sofreram e sofrem;

       – Pobres, doentes, vulneráveis;

       – Abandonados, excluídos e marginalizados.

w

Lembrou o curtíssimo prazo deles para a recuperação do tempo perdido pois estão em causa: os empregos, a residência e a manutenção do lar.

w

Morrer de fome, de frio ou com doenças sem assistência por falta de médicos, de hospitais, de enfermeiros ou de auxiliares disponíveis e sem dinheiro para medicamentos… São possíveis factos dos nossos dias em Portugal!

w

Esta é a situação real do nosso país, por isso ele apela à busca do tempo perdido e à consciência coletiva para a urgência do que está por fazer.

w

Lembra ainda que esta pobreza envolve também a saúde mental de resolução bem mais difícil.

w

Ele alerta para todos esses abalos duríssimos até fatais que originaram as novas vidas ou remendos de vida. Por isso carecem da colaboração social e irrepreensível governação.

w

O apelo é forte porque ele recorda que a memória coletiva é curta e por isso receia que tudo vá cair no esquecimento se um dia se realizar o sonho do possível regresso à normalidade.

Mais
editoriais

Junte-se a nós todas as semanas