Jorge VER de Melo
Consultor de Comunicação
Existe um problema na sociedade que estabelece alguma dificuldade na distinção e até na escolha entre a verdade ou a mentira.
A verdade provém do latim “veritas”, apresenta-se perante as pessoas como espelho da sinceridade e também comprovação demonstrada da justiça.
Quando reconhecemos o mentiroso, imediatamente desconfiamos de tudo o que ele possa afirmar, mas como somos sinceros e tolerantes, pensamos sempre que desta vez ele não está a mentir.
GOSTA DESTE CONTEÚDO?
- Não se esqueça de subscrever a nossa newsletter!
Vulgarmente o mentiroso apresenta os factos como vantagens para quem o está a ouvir nem que ele fique visto como prejudicado. As pessoas acreditam ou imaginam que o mentiroso é apenas um pateta que conseguirá algum lucro futuramente com o que está a propor sem que até ao momento tenhamos entendido a verdadeira razão.
Acontece que o mentiroso joga regularmente com elementos fortes para qualquer Humano, por exemplo:
– A ganância, oferecendo vantagens impossíveis;
– A novidade difícil de acontecer, contando acontecimentos virtuais para ser aceite como grande conhecedor dos factos;
– Ou insiste tanto numa mentira, embora as pessoas reconheçam como inverdade, que depois de tanta insistência acabam por ficar baralhadas e acreditar na tal mentira.
Realmente quando o mentiroso oferece qualquer vantagem, de seguida vai tirar proveito dessa possível oferta e normalmente, acaba por não cumprir a palavra dada, ou seja, confirmar a tal vantagem.
Isto vai acontecendo no nosso dia-a-dia, quase sem darmos conta.
Vejamos alguns exemplos:
– A maioria das ofertas dos supermercados. Pensam que algum dia eles terão prejuízo com aquilo que lhes vendem? Se assim fosse, não existiam;
– Os “Slogans” publicitários. Ao divulgarem os produtos têm como objetivo a criação de uma imagem mental que os relacionem com algo muito superior ao que lhes é apresentado;
– As cotações de certas empresas na Bolsa. É um jogo que sobe e desce valores para construir a garantia da estabilidade;
– Os lucros dos Bancos e de certas empresas cotadas na Bolsa. Todos sabemos que alguns não pagam aos fornecedores, reconhecem pessimamente os colaboradores e no final do ano articulam grandes receitas surgidas quase como por milagre. E assim vão surgindo as mentiras, umas menos e outras mais legais.
No fundo vivemos sobre um manto de verdades carregadas de mentiras que resultam na realidade das nossas vidas.
Será que as pessoas preferem uma mentira bem contada do que de uma verdade que os coloque dentro da realidade?
Não será mais uma forma de adiar as soluções futuras?
Temos que ficar mais atentos e escolher!…
Uma verdade bem contada pode representar uma colossal mentira.
