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Damião Cunha Velho

Professor

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António Costa criticou ferozmente Passos Coelho por causa da austeridade.
Mas, eu estou convencido que se o Partido Socialista fosse governo no tempo da Troika não teria feito muito diferente.
Por uma razão simples e cito Lech Walesa “O homem não é livre se tiver a carteira vazia”.
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Dizer que a austeridade acabou com Costa é uma mentira. Não vou explorar esse assunto mas diminuir os impostos sobre os rendimentos dá a sensação que ganhamos mais.
Acontece que o dinheiro é-nos sugado novamente nos impostos sobre o consumo que não baixaram e novas tachinhas surgiram e ridículas raspadinhas para pagar “nobres” causas.
Como disse, não vou explorar o detalhe das medidas mas fico-me pelo escandaloso preço dos combustíveis.
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Costa criticou a austeridade mas quando a CGD faliu, Costa foi chamar para presidente do banco público um ministro de Passos. Paulo Macedo, ministro da Saúde de Passos.
Ou seja, um ministro da austeridade para uma situação de vacas magras.
Mostrou aqui que se fosse governo com a Troika hoje era conhecido como o senhor “austeridade”.
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O que me leva a dizer para Costa ter vergonha e fazer disso o título do texto prende-se com a forma como se tem tentado chegar a acordo com os funcionários da CGD para reformas antecipadas.
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Como a verdade precisa de testemunhas não vou citar nomes mas consta-se que os funcionários são objecto de pressões para saírem do banco.
As alegadas pressões passam por exigir objectivos pessoais inatingíveis ou mudar os funcionários de agência da noite para o dia sem acordo prévio.
Algo que me parece que vai contra o ACTB.
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Disseram-me também que há funcionários a demitir-se tal é a pressão. Nem sequer querem reforma ou indemnização tal é o desespero.
Entre escolher viver debaixo da ponte ou o suicídio escolhem viver debaixo da ponte.
Não se fazem despedimentos. Pois não, mas há muitas formas de fazer um funcionário sair.
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Não sei se é verdade mas acredito que sim.
E se é verdade o senhor António Costa passou de socialista a ditador ou talvez nunca tenha sido socialista!
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Deixo só uma pergunta, sendo eu socialista, onde está o ‘socialismo de rosto humano’ de Alexander Dub?ek?
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Por isso, começo como terminei:
VERGONHA NA CARA!