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VI Festival Lusófono em Bruxelas com a participação do Grupo Etnográfico da Casa da Barca em Lyon

Casa da Barca em Lyon

Decorreu com êxito o VI Festival Lusófono, dedicado à mulher de antigamente e por ela, todas as mulheres do nosso tempo, em vésperas do Dia Internacional, que lhes é dedicado anualmente.

Um tema, digno e dignificante em relação à mulher, que ocupa consagrada missão na família, na sociedade, nas lides domésticas e também nos movimentos sociais/culturais, com destaque para o associativismo e outros, agrupamentos de folclore, onde empresta o melhor de si, numa dedicação, considerada imprescindível. Foi por isso mesmo, muito feliz a ideia desse preito, justo e oportuno.

A sala Lumen, situada no coração da comunidade portuguesa em Bruxelas voltou a ser o local escolhido, para a realização de mais uma grande noite de folclore, iniciativa do Grupo Etnográfico “O Ribatejo”, que acolheu, de forma superior, os quatro grupos convidados, com altiva variedade cultural. Depois da sua actuação, pela qual se deu início ao Festival, seguiram-se os restantes grupos, em ordem preestabelecida.

Assim dava entrada em palco, o Grupo Etnográfico da Casa da Barca, em Lyon. Que actuou com brio e paixão; oriundos de uma região rica em folclore, traje, etnografia, usos e costumes. Primaram pelo rigor; no trajar e na disciplina. As suas danças despertaram curiosidade, tão expressivas são; na cana verde picada, numa chula batida, ou no rodopiar do vira da eira. Ao toque estridente da concertina demonstraram, particular vivacidade nos movimentos, com a intensidade da paixão pelo que fazem em palco. Arrebataram assim, a simpatia do público, que os aplaudiu efusivamente! Houve emoção partilhada e alegria, que só a dedicação a esta causa pode dar. Gente afeiçoada às causas da etnografia, do folclore, dos usos e costumes; um orgulho e uma grande responsabilidade.

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Em Bruxelas deixaram a marca de Ponte da Barca, onde já se realizaram as 24h00 a dançar o vira, inscrito no Guiness Book!

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Actuou de seguida, o Rancho Folclórico e Etnográfico As Cantarinhas La Queue-en-Brie – Paris, em representação do folclore da Alta Estremadura, início do século XX. Vindos de Paris deixaram, uma grande mensagem de preferência e aptidão, de gosto e de paixão pelo traje, o folclore, a etnografia, de uma região rica em história e cultura popular; mereceram bem os aplausos que lhes foram dados, com entusiasmo. Excelente prestação, que enriqueceu e marcou, este grande encontro de Folclore, em Bruxelas, capital da Europa.

A surpresa da noite aconteceu, quando o Grupo do Centro Cultural Sartañani, entrou em palco, com a música, a dança, a arte e a cultura Boliviana emprestando ao Festival, os sons e as cores da diversidade e beleza do folclore, daquele país! Integrar outros grupos é abrir horizontes a outras formas de estar e de viver. Excelente iniciativa, do grupo anfitrião, que exalta e promove a universalidade do folclore, dos usos e dos costumes; foi, de facto, um momento de felicidade, também para aquela simpática comunidade Boliviana, em Bruxelas.

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A noite terminava de forma alegre e feliz, com a actuação do Rancho Folclórico “Coração Minhoto”, Emaús – Bruxelas. Vizinhos e amigos de longa data estiveram muito bem, a certificar com êxito, o trabalho que realizam há, já mais de quarenta anos!

Na homenagem à mulher, tema do Festival, houve quem elevasse o pensamento, a uma grande Senhora de seu nome, Clarinda Antunes, exemplo maior, aquela família, que só o folclore propicia. E em quem o grupo se revê, com carinho, orgulho e alegria. Senhora de mil cuidados, de entrega abnegada, de participação e delicadeza. Não é demais dizer, que o Rancho lhe deve muito, talvez a própria existência, tal foi o seu empenho, em determinadas alturas da história do, recentemente denominado Coração Minhoto.

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Fica bem e é justo, também neste contexto, um especial agradecimento à Clarinda, amiga de longa data, de muitos anos, para não dizer quantos são! É desejo comum continuar a encontrá-la, nas lides do “seu rancho”! Que representa e bem o folclore do Alto Minho, dignificando a cultura e os valores do folclore português, em Bruxelas, mas também nos países limítrofes, onde já actuaram várias vezes.

O VI Festival Lusófono ficou marcado por um grande sucesso! Os parabéns repartem-se por todos e são extensivos aos grupos convidados, ao magnífico público presente, aos que colaboraram anonimamente, à dinâmica de grupo, à boa organização geral; ninguém ficou de fora na realização de mais um grande Festival, que marca positivamente a vida e a história de todos nós!

 

©António Fernandes

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“O Nosso Festival Lusófono, em Bruxelas, capital da Europa tem vindo a ser, ao longo dos anos, um festival de referência, no panorama da Diáspora, também pela sua qualidade e participação de grandes agrupamentos, que inclui outros países, outras culturas! São Grupos que criaram a sua própria assinatura, no modo e no contexto cultural a que estão ligados. Tem sido gratificante desenvolver este trabalho, aqui no coração da Europa, com visibilidade e apreço. Divulgamos essencialmente a cultura portuguesa da província do Ribatejo. E por ela, outras sensibilidades do folclore nacional, do Minho ao Algarve. Ultimamente temos alargado essa vertente de promoção a outros países, o que enaltece ainda mais o nosso festival de folclore”.

(Vlad Casimiro, presidente do Grupo Etnográfico O Ribatejo – Bruxelas)

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