Viana foi a capital portuguesa da Beatlemania

10/06/2016

Redação
10/06/2016

Foi com o riquíssimo reportório musical dos Beatles que Viana do Castelo deu as boas vindas ao feriado de 10 de Junho, que proporciona um certamente muito desejado fim-de-semana prolongado. Em noite de véspera de feriado, a Praça de República encheu para assistir ao concerto dos The Beetoes – The Beatles Tribute, um grupo de tributo à icónica banda de Liverpool. A chuva veio atrapalhar e o facto de o palco não ser coberto obrigou os The Beetoes a terminar o animado concerto mais cedo do que estava previsto.

Não estamos em Liverpool, nem estamos tampouco de volta aos anos 1960, mas os acordes de Hey Jude, I Want To Hold Your Hand ou Love Me Do fizeram-se ouvir no coração da cidade de Viana do Castelo. Os The Beetoes, o grupo portuense que animou a Praça da República na noite de 9 de junho, afirma vir de um passado paralelo e encarna uma versão dos Beatles composta pelos muito semelhantes Johngo, Paulion, Georzer e Rinvo, que são não mais do que nomes alterados dos membros integrantes do icónico quarteto de Liverpool. Semelhanças e diferenças à parte, a música que se fez ouvir pelo quarteto portuense recorda um vasto leque de êxitos, o que fez a plateia vibrar desde os primeiros minutos.

O concerto complementa a exposição The Beatles – Sons e Tons, que proporciona ao grande público a possibilidade de ver in loco 2600 dos mais de 36 mil discos em vinil e CD do espólio do colecionador vianense Vítor Coutinho. As raridades do aficionado vianense, que incluem a primeira edição de Let It Be, um vinil de Help produzido para uma multinacional petrolífera ou até gravações da BBC, estarão em exposição no Museu do Traje, em Viana do Castelo, pelo menos até dia 26 de junho, sendo que o concerto de quinta-feira à noite integra o plano de atividades do evento. A exposição é pioneira em Portugal, o que dá a Viana do Castelo, nas palavras de Vítor Coutinho, o título de “capital portuguesa da Beatlemania”. O evento centrado no universo da banda britânica contou com o apoio da famosa marca de relógios suíça Raymond Weil, que aproveitou o evento para promover um relógio alusivo aos Beatles, recentemente lançado.

PUB

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

Não se esqueça de subscrever a nossa newsletter!

PUB

Antes, na conferência de imprensa que antecedeu o concerto, os artistas do Porto confessavam que o seu maior receio era mesmo a chuva. O facto de o palco não ser coberto – e de as previsões alertarem para possibilidade de chuva no decorrer das primeiras horas da noite – fez ativar os alarmes. A apreensão revelou-se certeira, ainda que não tenha feito arredar pé a grande maioria da plateia que se manteve firme aos ritmos dos clássicos dos Beatles, sob chuva ligeira.

“É um sonho tornado realidade se tiver a praça lotada”, sublinhava Vítor Coutinho, pouco antes das 22h, a hora marcada para o início do concerto que iniciaria com um atraso de sensivelmente 30 minutos. Quando Vítor Coutinho subiu ao palco, para falar para a plateia, deve ter ficado satisfeito por ver a Praça da República muito bem composta, por uma plateia que aproveitou a véspera de feriado para uma noite dedicada à música dos anos 1960.

PUB

Após um compasso de espera, que foi aproveitado por Vítor Coutinho para contar alguns dos factos que, em vida, conectaram intimamente John Lennon ao número 9, foi a vez de os The Beetoes subirem ao palco. Ainda que a reação tenha sido morna ao início, a plateia acabaria por aderir aos maiores hits da banda, cantando em uníssono êxitos intemporais como Love Me Do. Já após nova subida ao palco de Vítor Coutinho para anunciar que o concerto teria que ser encurtado devido à chuva ligeira que se fazia sentir e à possibilidade de a mesma danificar os aparelhos de som, os The Beetoes ainda tocaram mais do que as três músicas prometidas para terminar. Cantaram, despediram-se do público, saíram, mas ainda voltaram para dar vida a músicas incontornáveis como Hey Jude ou Yellow Submarine, temas que o público abraçou antes da despedida definitiva aos sempre bem-dispostos Johngo, Paulion, Georzer e Rinvo.

Nas palavras de Vítor Coutinho, os “vianenses estão a aderir ao evento”. O colecionador e organizador do evento agradece aos “internautas das redes sociais” a crucial ajuda na partilha e pelo apoio ativo na promoção do evento. Ainda que hoje Viana do Castelo seja “a capital Beatle do país”, Vítor Coutinho tem já recebido propostas para levar a exposição para outros locais, como Beja, Porto ou mesmo para a Galiza, aproveitando para anunciar que em Lisboa a exposição é já “um dado quase adquirido”.

Oferecemos-lhe a gravação ao vivo em video:

https://www.youtube.com/watch?v=v9NcAPiYztk