O nosso estimado Colunista Joaquim Letria, na sua intervenção da passada segunda-feira na TVI no programa ‘A Tarde é Sua’ de Fátima Lopes, pegou na nossa notícia que divulgámos em 1ª mão na edição desta semana (ver em baixo).
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Ainda durante os incêndios e respondendo ao apelo do pedido de ajuda alimentos, todo o tipo de bens essenciais para as vítimas da catástrofe que tudo perderam e tendo apenas ficado com as roupas que tinham vestidas, o distrito de Viana do Castelo e o sul da Galiza organizaram dois polos de recolha de donativos (quartel de Bombeiros de Valença e quartel Bombeiros Municipais de Viana do Castelo). «Os bens angariados foram transportados generosamente em 2 contentores TIR da Empresa de Transportes “João Pires” carregados de donativos os quais eu acompanhei» – diz-nos João Carvalho, Bombeiro Chefe a exercer funções de 2º CMDT na ausência do 1º CMDT.
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«Em Pedrogão vi um cenário desolador, quilómetros infindáveis de terra queimada, na sede do concelho todo o tipo de veículos de bombeiros, filas de viaturas com donativos. Parecia um cenário de guerra!» diz-nos o 2º Comandante dos Municipais de Viana do Castelo. «Na parada foi montada uma cozinha do exército, a garagem serviu de refeitório e armazém geral com montes de roupas, alimentos, paletes de garrafas de água, electrodomésticos» – acrescenta com ar desolador e visivelmente emocionado.
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«Havia muita gente voluntária para ajudar no que era preciso, sem nunca se ouvir a palavra “não”». E o ‘chamamento’ veio: «Foi aqui que fiz algumas amizades que me levaram a usar os meus dias de férias para lá voltar de modo a procurar ajudar a recuperar o povo de Pedrogão, no que fosse preciso. A Direcção e comando dos Bombeiros locais ofereceram a estadia, comida e dormida. O presidente do município de Viana do Castelo disponibilizou o meu transporte juntamente com o meu equipamento de bombeiro, uma bicicleta para as deslocações e ainda 150 garrafas de azeite com a contribuição dos meus amigos e em especial a Sofia Maciel, sempre disponível para o voluntariado e ajuda de quem mais precisa», realça João Carvalho.
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E não pára num relato emotivo: «Durante o dia ajudava o pessoal do município a fazer triagem da roupa para um armazém, pois estava tudo em tendas e um pouco exposto ao tempo. À noite, no quartel, as conversas com os companheiros bombeiros eram sobre relatos de episódios que dificilmente se apagarão das suas memórias e agora também da minha, a partilha de muitas emoções das mais diversas».
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O Comandante dos Municipais vianenses assegurou que «um pouco por todo lado fui ouvindo algumas conversas, umas com desalento por tudo, outras com uma enorme força para começar tudo de novo e tentar pôr uma pedra sobre a tragédia», já que todos os moradores de uma maneira ou outra tinham sido atingidos por aquela tragédia.
E confessa: «De um modo geral nem dei conta de o tempo passar, fiz mais amizades e a vontade de nas próximas férias lá voltar, mas espero – e desejo – com a zona reconstruída e que aquela gente tenha recuperado a vontade de viver pois assisti a testemunhos dramáticos».