Vila Nova de Cerveira teve um dos incêndios mais preocupantes em Portugal continental

As chamas começaram esta segunda-feira, dia 15 de agosto, por volta das 18h, na União de Freguesias de Reboreda e Nogueira, em Vila Nova de Cerveira. O incêndio foi dado como extinto depois de 20 horas de combate.

Apesar das condições meteorológicas favoráveis e de se situar numa zona sem habitações, o incêndio que lavrou no Lugar da Gandarela foi dificultado pelas condições do terreno que não permitiam o fácil acesso das viaturas dos bombeiros no combate às chamas.  

No local estiveram mais de 60 efetivos dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Cerveira e de Vila Franca, apoiados por 17 meios terrestres e por um meio aéreo que procedia ao abastecimento no ponto de água da charca da Lagoa da Sra. da Encarnação.

Na manhã de terça-feira, a Autoridade Nacional de Proteção Civil destacou este incêndio como a única ocorrência significativa em território continental. Segundo a Proteção Civil são “ocorrências importantes”, nas quais se inserem os incêndios de grandes dimensões, aquelas com duração superior a três horas e com mais de 15 meios de proteção e socorro envolvidos. No entanto, apenas são contemplados os incidentes do continente, já que as regiões autónomas têm serviços próprios nesta área.

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Depois de cerca de 20 horas de combate e de dois reacendimentos, o incêndio florestal foi dado como extinto. Durante a fase de rescaldo, para evitar mais reacendimentos, esteve reunida no terreno uma equipa de operacionais apoiada por um equipamento (máquina de rastos D7).

Ainda há cerca de uma semana, na tarde de domingo, dia 7 de agosto, tinha deflagrado um incêndio nas imediações da A3, em São Martinho de Coura, Paredes de Coura, prolongando-se até à freguesia de Covas, no concelho de Vila Nova Cerveira. Esta ocorrência ficou totalmente controlada e estável desde a madrugada de segunda-feira, altura em que o incêndio foi dado como extinto.

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O estado de limpeza dos caminhos florestais, corta-fogos e arrifes, bem como a eficiente intervenção dos Bombeiros Voluntários, Unidade Local de Covas e Sapadores Florestais, com o apoio de populares, contribuíram para minimizar os efeitos.

O presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira, Fernando Nogueira, que esteve no local a acompanhar as operações, realçou o vasto trabalho realizado ao longo do último ano naquela zona, mais focado nas áreas de povoamento florestal, áreas críticas e infraestruturas com elevado estado de degradação. “Há vários anos que não se procedia a um investimento desta ordem e grandeza, ao nível da prevenção, e valeu a pena”, assegura.

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Neste momento, o concelho de Vila Nova de Cerveira não tem registo de qualquer ocorrência de incêndio florestal.

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