Vilar de Mouros ‘quebrou o enguiço’, pode dizer-se!
Uma semana após o início daquele que é o mais antigo festival de música em Portugal, o balanço de 3 dias de música que vão do alternativo ao rock «superou todas as expectativas» como garantiu Miguel Alves, presidente da Câmara Municipal de Caminha.
Reportagem: Rita Guimarães
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Vilar de Mouros completou 50 anos, e mais de 22 mil pessoas passaram por lá para testemunhar a qualidade das bandas e da organização do “Woodstock” português.
Os veteranos de Manchester, Happy Mondays, encheram o palco com a sua energia bem ao estilo dos anos 90 e com clássicos como «Step On» e «Kinky Afro», abrindo espaço para outro clássico, Peter Murphy que deixou o público bem aceso para a ultima actuação da noite, a grande revelação da música portuguesa: António Zambujo.
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Na noite seguinte, sexta-feira, o recinto voltou a encher para receber os portugueses Linda Martini e David Fonseca. Ian McCulloch fechou a noite sendo fiel ao seu estilo psicadélico e entre os vários cigarros fumados num palco que visitou pela terceira vez, foi o único a quem o público pediu “encore”.
Echo and The Bunnymen fecharam desta forma o segundo dia do festival.
PUBNo ultimo dia, sábado, a organização do evento viu-se obrigada a limitar a entrada para 12.000 pessoas por razões de segurança, no entanto o ambiente manteve-se ao rubro alinhando com o português Samuel Úria, os britânicos Tindersticks e Waterboys de Mike Scott. A fechar o festival os portugueses Blasted Mechanism que o fizeram com ‘chave de ouro’.
Espelhando o sucesso desta edição, a organização já está a trabalhar no cartaz de 2017.
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CÂNDIDA PASSOS: O FESTIVAL EM POESIA!
Aquela noite!
PUBOMD
Chegou ao palco, o Andy e encheu a atmosfera
De magia, de glamour, de amor.
Deu tudo de si para tornar aquela noite divina.
O público delirou.
“Fantastic”, ele gritou!
Trocávamos olhares felizes.
Víamos sorrisos hilariantes nos rostos das pessoas.
A idade já não tinha idade.
Recordações dos anos oitenta
Vieram ao de cima.
Fizeram-nos estremecer,
Fizeram-nos arrepiar,
Fizeram-nos vibrar,
Pois… Recordar é viver.
Cada um de nós manifestava à sua maneira
A felicidade daquela noite.
E pulávamos, e saltávamos…
E batíamos palmas
E abraçávamos…
E gesticulávamos…
E gritávamos…
E Andy continuava a contagiar-nos,
Com a sua genica, simpatia e alegria
Sorria para todos nós
E nós delirávamos com a sua voz.
Que noite espetacular.
Para mais tarde recordar!
O nosso cantor
David Fonseca,
O nosso cantor
Transmitiu àquele público
Todo seu ardor.
Transpirava e pulava
Enquanto tocava a sua guitarra.
E nós seguíamos a sua voz.
E cantávamos e gritávamos.
Era aplaudir.
Era dançar.
Era curtir.
Era pular.
Era sentir a música a vibrar!
O nosso cantor português
Animou intensamente aquele público.
Vilar de Mouros tornou-se único!
Era o nosso cantor
A transmitir calor, alegria…
A transmitir amor humano!
Festival de Vilar de Mouros, 26 de Agosto de 2016