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Vítor Mendes: “Apoio a candidatura CDS de Filipe Anacoreta Correia”

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O Minho Digital entrevistou o Presidente da Câmara de Ponte de Lima, Vítor Mendes, depois das supostas desavenças dentro do partido em volta das próximas eleições legislativas. Entretanto, amanhã, realizam-se eleições para a nova Comissão Política Distrital. 

Ao Minho Digital, o presidente limiano quis deixar em ‘pratos limpos’ a sua posição enquanto militante base, autarca e membro da Comissão Política Concelhia e Nacional do CDS.

 

Minho Digital (MD) – Na entrevista que Filipe Anacoreta Correia nos deu https://www.minhodigital.com/news/vitor-mendes-aceita-filipe , afirmou-nos que o Sr. “aceitava” a decisão aprovada em Conselho Nacional. Confirma?

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Vítor Mendes (VM) – Relativamente a essa matéria, eu já me pronunciei publicamente sobre a escolha da Comissão Executiva e daquela que foi a decisão do Conselho Nacional, relativamente à escolha do candidato, cabeça do CDS, por Viana do Castelo. O Conselho Nacional aprovou, em Oliveira de Frade, uma proposta de ser o Presidente do Partido, que no fundo é aquilo que já tinha acontecido em atos eleitorais anteriores, de que o cabeça de lista na maioria dos círculos eleitorais, como candidato teoricamente elegível – que é o candidato de Viana do Castelo, e depois com Lisboa, Porto, Aveiro e Braga com mais cota do que os restantes distritos do país – que era da responsabilidade da Comissão. E foi isso que foi aprovado no Conselho Nacional. Naturalmente que eu procurei sensibilizar a senhora presidente do partido para que esta especificidade do círculo eleitoral de Viana do Castelo, em que a história e a tradição era que o candidato fosse oriundo do Distrito, e nomeadamente de Ponte de Lima, e pelo que eu tenho memória os deputados foram eleitos pelo menos a partir do Dr. João Abreu Lima foram sempre de Ponte de Lima. E isto significa o quê? No fundo que existe aqui uma base eleitoral em Ponte de Lima que faz a diferença, pelas razões que, naturalmente, todos nós percebemos. De facto, em termos da Câmara de Ponte de Lima foi entregue ao CDS desde as primeiras eleições, pós 25 de abril, e portanto foi precisamente para esse facto que eu tentei sensibilizar a senhora presidente do partido, apresentando uma série de argumentos. Mas não foi essa a decisão, nem da senhora presidente, nem da Comissão Executiva e escolheram o cabeça de lista. Não tenho nada contra o cabeça de lista, não concordei com o princípio mas como é óbvio, respeito a decisão. Foi isso que eu transmiti ao partido e que publicamente referi. O assunto está encerrado. Portanto, é minha obrigação enquanto militante base dar o meu contributo para que o candidato seja eleito e que o CDS no Distrito, nomeadamente em Ponte de Lima, tenha um bom resultado. 

 

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MD – Viana do Castelo queixa-se da falta de representatividade, embora sendo capital do distrito. Acha justa esta posição?

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 VM – Não. Quer a Comissão Política Concelhia de Ponte de Lima e a Comissão Política Distrital, estão a terminar os seus mandatos. As eleições serão feitas no próximo sábado. Eu não serei candidato. Fui a favor da renovação, portanto terminou o mandato e acho que é hora de dar a oportunidade a outros protagonistas. De qualquer modo não me alhearei das minhas responsabilidades durante este período em que fui presidente da Comissão Política Concelhia e presidente da Comissão Política Distrital. Portanto, relativamente à questão de Viana do Castelo, eu estou de consciência tranquila, porque quando, há dois anos, decidi candidatar-me à Comissão Política Distrital, eu tive oportunidade de reunir com alguns elementos da Comissão Política Concelhia. Foram-me indicados alguns nomes para fazer parte da Comissão Política Distrital, porque eu acho, verdadeiramente, que a Comissão Política Distrital deve ter representantes das várias concelhias do distrito. Mas o que é facto é que na altura, a Comissão Política Concelhia de Viana do Castelo entendeu que não devia fazer parte da Distrital, à semelhança do que aconteceu com a Comissão Política de Monção e, portanto, foi com imensa pena que eu recebi essa notícia. Quanto a esse meu mandato, estou de consciência tranquila. Relativamente a estas próximas eleições, que ocorrerão no sábado, enfim… Não fui eu que fiz as equipas, nem para a Concelhia, nem para a Distrital, e portanto relativamente a essa questão, obviamente, ninguém quis pôr de parte a Comissão Política Concelhia. É verdade que durante este percurso certas atitudes de alguns elementos da Comissão Política Concelhia de Viana do Castelo, nomeadamente para com a minha pessoa, naturalmente não ajudou em nada nas relações pessoais. Mas, obviamente, sempre procurei respeitar aquilo que são as estruturas concelhias dos vários concelhos. 

 

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MD – Acredita mesmo que o CDS vai manter o seu único deputado? Pergunto isto porque Gaspar Martins disse que não só iriam perder o deputado, como a própria Câmara Municipal…

VM – Confesso que não sei propriamente o que o senhor Gaspar Martins referiu e, portanto, nessa matéria não tenho absolutamente nada a acrescentar.

  

MD – Como tem sido o seu relacionamento com Abel Baptista? Acredita que voltará ao partido, ou insistirá em querer candidatar-se em ´barrigas´ alheias?

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VM – Não sei. Não é uma questão que me diz respeito. Eu, a partir do dia 12 de maio, serei um militante base. Claro que faço parte da Comissão Política Nacional, do Conselho Nacional, mas é uma questão que, naturalmente, será o Partido a decidir quando chegar a hora. 

 

MD – A sua mensagem pré-eleitoral… 

VM – Desejo que o CDS tenha um bom resultado. Quer nas próximas eleições europeias, quer nas eleições legislativas. O CDS tem-se afirmado como alternativa, constituído por homens e mulheres de muito valor. E isso está patente naquilo que é o Grupo Parlamentar do CDS na Assembleia da República. Temos um excelente eurodeputado. Muitos jovens que têm aderido ao CDS, temos muitos e bons exemplos autárquicos, nomeadamente no Município de Ponte de Lima, e outras Câmaras em que o CDS está a liderar. Temos gente com qualidade e credibilidade que faz com que possamos encarar o futuro com muito otimismo, mas também com muito trabalho. Espero que o partido se reforce a nível do Concelho e do Distrito. Que os novos lideres, concelhios e distritais, façam um trabalho – se possível – melhor daquele que eu fiz. O objetivo é montar todas as estruturas concelhias que são a base fundamental para ter bons resultados eleitorais. Que escolham os melhores candidatos para as próximas eleições autárquicas 2021. Esse é o meu desejo. Eu, como presidente da Câmara e militante darei, certamente, o meu contributo para que esses resultados eleitorais apareçam e, acima de tudo, nunca serei – como nunca fui – um fator de divisão a nível do partido. Antes pelo contrário, procurei e procurarei ser um fator de união para que as pessoas possam estar imbuídas neste espírito e todos, em conjunto, possamos fazer o melhor pelo CDS no Concelho de Ponte de Lima e no Distrito de Viana do Castelo. 

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