Editorial

Vocações

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Jorge VER de Melo

Mais uma época preocupante para a grande maioria dos estudantes portugueses, a escolha do prosseguimento dos seus estudos de acordo com as respetivas vocações.

Repetidamente todos os anos, encontramos facilmente crianças e até adultos cheios de problemas para a escolha da profissão que poderá estar mais de acordo com a sua vocação.

Quando não são devidamente acompanhados, eles acabam por escolher um curso mais fácil e mais rápido na sua conclusão ou outro que imaginam dar menos trabalho, mais dinheiro e que dependerá sobretudo da sorte ou das amizades. Pior ainda, a escolha do curso que está mais na moda, mas não na vocação.

Nada disto serve de exemplo.

A profissão de cada pessoa deve ser escolhida e não exigida ou tomada como solução de recurso.

Trata-se de algo que está muito perto do caminho para a felicidade ou para a realização pessoal.

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

Pretendemos sensibilizar quem passa, passou ou vai passar por essa escolha para que não abdique de qualquer dessas duas linhas mestras:

  1. Felicidade;
  2. Realização pessoal.

Para chegar ao que cada pessoa entende por felicidade é algo complexo mas completa o bem-estar do trabalhador, logo,  intrinsecamente relacionado com a realização pessoal. Não depende do volume do dinheiro adquirido nem do tempo dispensado. Estes dois elementos são agradáveis, até fundamentais para muitas pessoas, mas sim, de um sentimento cada vez mais raro na vida.

Só é feliz no seu trabalho quem o sente como se fosse um hobby, (palavra inglesa que identifica um divertimento praticado só ou coletivamente). Para que isso aconteça devem existir uma série de condições que ajudam a completar a tal felicidade:

  • Sentir vocação para aquela profissão;
  • Ser respeitado pelos responsáveis;
  • O seu trabalho deve ser reconhecido por colegas e responsáveis;
  • Conseguir manter-se atualizado culturalmente nas matérias relacionadas com a sua profissão;
  • Receber da parte dos responsáveis, ordens e orientações devidamente justificadas e organizadas.

Por princípio, aconselhamos a mudança imediata de empresa caso qualquer destes itens falhe com frequência.

Não salientamos tempo ou dinheiro porque se tudo funcionar com o cumprimento dessas alíneas, eles surgem naturalmente.

Uma boa entidade patronal não quer perder um bom colaborador, logo, paga-lhe justamente o que ele merece e dá-lhe o tempo livre necessário para ele se sentir feliz e atualizado.

Não há segredos!…

Podemos então salientar para os nossos estudantes que escolham uma profissão de acordo com os seus sonhos, com aquilo que entendem ser melhor para eles.

Se por acaso se enganarem, por favor, tenham coragem para mudar de profissão ou até tirar outro curso se necessário. Porque afinal é para toda a vida…

Ter a vida desperdiçada por uma profissão que se detesta?

Não! Isso é um castigo que ninguém merece…

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