Voltar a lugares onde já fomos felizes? Sim, absolutamente sim.

Isto é capaz de fazer sentido relativamente a outros lugares, mas deixem-me fazer uma referência especial a este.

Quem já leu algum dos meus “escritos” sabe que sou uma entusiasta leitora. Não sou uma ávida leitora, no sentido quantitativo, já que não leio 70 livros por ano, mas sou uma leitora entusiasmada e fervorosa.

Se algum de vocês também tem uma relação próxima com os livros saberá (certamente) que se trata de um gosto potencialmente caro e logisticamente desafiante. Por um lado, se quiserem comprar todos os livros que estão na vossa lista de leituras, terão de desembolsar uns quantos euros – algo que poderá ser financeiramente insustentável para as carteiras mais modestas. Por outro lado, mesmo que pudessem desembolsar esses euros para comprar tantos livros, teriam graves problemas logísticos para armazená-los nas vossas bibliotecas caseiras.

Pois bem, decidi voltar à minha infância/ adolescência e voltei a fazer algo que adorava nesses tempos: requisitar livros na biblioteca. Tenho sido uma utente feliz e frequente da biblioteca da cidade que me acolhe e, assim, consegui resolver os dois problemas referidos na questão anterior – até porque temi pela saúde da minha estante da sala, caso comprasse todos os livros que constam nas minhas pretensões.

Devo dizer-vos que foi uma das melhores soluções que implementei nos últimos tempos: além de ter resolvido as questões anteriores, tenho a oportunidade de ver imensos livros físicos e sentir um agradável cheiro a papel. É só vantagens nesta solução, garantidamente.

Se ainda estão debaixo do chapéu de motivação dos primeiros dias de janeiro, desafio-vos a frequentarem a biblioteca mais próxima de vossa casa e a aproveitar as maravilhas que elas nos proporcionam. Juro-vos que a vossa estante, a vossa carteira e a vossa mente agradecerão.

GOSTA DESTE CONTEÚDO?
  Partilhar este artigo

2 comentários

  1. Leio desde que aprendi a ler. Umas vezes mais outras menos, mas vou lendo.
    Também, eu fui cliente das carrinhas itinerantes da Fundação Calouste Gulbenkian, que, em boa hora percorriam o país. Muito lhe devemos.

    Mas, a minha vontade, era ter os livros comigo, sempre disponíveis para uma pesquisa ou nova leitura, o que já aconteceu tantas vezes, principalmente aqueles que li e que não eram meus.

    E, a estante, foi crescendo, daqui a pouco voltará a crescer, porém a minha biblioteca o local favorito de casa.

  2. Leu Cesare Pavese?
    Gisela Carvalho.
    Num livro escreveu: Não voltes onde foste feliz.
    Nunca esqueci, nem deixei de voltar onde fui feliz.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *