Zita Leal
Professora
(Aposentada)
Não sei se noutra dimensão em que talvez esteja, Valdemar Bastos poderá “ falar política “ porque em Angola não pôde e continuaria a não poder nos dias de hoje se ainda por cá estivesse. TRISTE!
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Aqui, neste jardim português, a realidade é outra. No tempo em que outra senhora por aqui ordenava, a ousadia de falar política saiu bastante cara a muita gente e a malta não tinha outro remédio senão baixar a cabeça e sussurrar de fininho para os seus botões, isto se a miséria não lhos tivesse roubado …
Entretanto a liberdade “ passou por aqui “, o povo passou a ordenar mais ( passou ?). Atreveu-se a “ falar política “ enquanto manejava foices, martelos, arados e charruas e acreditou que cantaria livremente mesmo que a voz lhe doesse. Espalhou flores de todas as cores, rosas, cravos, malmequeres e todas tiveram lugar nos seus canteiros.
A nossa democracia por vezes abana um pouco, as divergências acontecem entre os pares, jogos de palavras e conceitos andam à vontade em politiquices de trazer por casa, mas as avós Chicas não proíbem a criançada de falar política. Se alguém se incomoda e tenta instalar a lei da rolha, não consegue secar a água livre que conduz a palavra ao mar da liberdade onde a nossa vontade de SER mergulha.
Portugal não é rico em divisas, os PIBES andam em baixa, às vezes damos passos maiores que as pernas, é verdade, mas…a Liberdade continua a passar por aqui!
Xe, menino, fala sempre Politica sem medo enquanto a Razão estiver do teu lado .
É a tua maior riqueza e não deixes que alguém a roube.