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XXIII Edição da Periodipesca visitou Melgaço

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De 28 a 31 de Maio de 2015, o município de Cortegada (Ourense), recebeu várias dezenas de congressistas participantes da XXIII da Periodipesca – Congresso Internacional de Jornalismo Especializado em Caça, Pesca, Meio Ambiente e Turismo Rural e de Aventura. Pela proximidade à fronteira, o grupo visitou também a vila de Melgaço, onde confraternizou com as entidades locais, visitou museus e o património local.

A edição XXIII da Periodipesca – Congresso Internacional de Jornalismo Especializado em Caça, Pesca, Meio Ambiente e Turismo Rural e de Aventura, destacou Melgaço num dos seus dias de programa. Cerca de três dezenas de jornalistas, especialistas do sector da caça e pesca e entidades locais reuniram-se na vila melgacense para conhecer a oferta turística do concelho através dos seus museus e espaços de informação.
Há vinte e três anos que a Periodipesca assume, ao longo de quatro dias de congressos, conferências, excursões e visitas turísticas, o papel promotor das potencialidades dos territórios nas suas melhores vocações, sem esquecer o sector da caça e da pesca, mote do encontro. De 28 a 31 de Maio de 2015, o município de Cortegada (Ourense), vila raiana que dista a oito quilómetros da fronteira portuguesa de S. Gregório (Melgaço), recebeu o grupo de congressistas, mostrando por sua vez a diversidade da oferta turística de que dispõe.
A Directora Geral de Conservação da Natureza da Galiza, Verónica Tellado Barcia, o presidente da Periodipesca, Luis Macías e o representante do concelho anfitrião, Avelino Luis Martínez, alcalde de Cortegada, marcaram presença na cerimónia de abertura do XXIII congresso da Periodipesca. O autarca apresentou o concelho, localidade com tradição centenária na exploração de gado, agricultura e da floresta, mas também com forte vocação para o termalismo, bem junto ao Rio Minho.
“Este povo vivia do termalismo”, referia o alcalde, recordando que “[nos anos] cinquenta e sessenta havia quatro hotéis em Cortegada, e cada casa era uma pensão”. Um recurso que prosperava naquela pequena vila e que permitia a muitas famílias pagar os estudos dos mais jovens, nas escolas de Ourense. “Antes da barragem [da Frieira], o Rio Minho era de uma riqueza impressionante. Havia truta, salmão, sável, enguia e a lampreia, que se trazia em carros de bois, carregados. Alguma ia para adubo dos campos. Punha-se a rede à noite, de manhã estava cheia. Toda esse riqueza natural desapareceu. A barragem destruiu o termalismo e a riqueza piscícola que tínhamos em Cortegada”, apontava Avelino Luis Martínez.
Depois de inactivo o velho balneário, Cortegada voltou recentemente a explorar umas das fontes termais através do novo espaço, moderno e “ao nível de qualquer outro da Galiza”.
Além da componente turística, descoberta gastronómica e dos vinhos da rota do Ribeiro, onde o Alvarinho e o Trajadura (Albariño y Treixadura) são, tal como na margem portuguesa, as castas mais nobres, o certame teve também um dia de Jornadas Técnicas, onde se discutiram algumas problemáticas do sector da caça e pesca. Moderada pela jornalista e apresentadora do programa “Aqui Galicia”, da TVG, a sessão de trabalho procurou esclarecer questões sobre licenciamentos, problemas de povoamento piscícola do rio, mas também sobre métodos de diagnostico de doenças no coelho, para os especialistas em caça. Em Espanha, a caça gera uma receita de mais de 3500 milhões de euros anuais e mais de 50 mil postos de trabalho. Para esta média, a Galiza colabora com uma receita de 111 milhões de euros.

Em Melgaço, e no cumprimento do programa, o grupo foi conduzido por Augusto Manuel Augusto Castro, que levou a equipa a conhecer as Termas de Melgaço, as margens do Rio Minho, os museus e a uma prova de Alvarinho. Houve ainda momento de confraternização com representantes da autarquia, nomeadamente com a vice-presidente da Câmara Municipal de Melgaço, Maria José Codesso, e com o Chefe de Gabinete de apioio à presidência, José Adriano Lima, que acompanhou a comitiva durante a manhã do dia 30.

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Um tremor que destruiu Lisboa e aqueceu a Galiza

Entre as mais de sete fontes de águas minero-medicinais que existem em Cortegada, há uma particularidade numa delas que é também sinal da comunhão do povo Ibérico, que tem em comum alguns hábitos e influências linguísticas, mas também a mesma placa que suporte este gigantesco torrão.
Sandra Domínguez, madrinha (nomeada a cada ano) da edição de 2015 da Periodipesca, dá conta, no seu texto sobre o concelho de Cortegada constante do livro/programa do certame; de uma fonte que, depois do terramoto de 1755 que abalou Lisboa, mudaria a sua configuração. A fonte do “Baño del Monte” “da que curiosamente, dizem, antes era morna, a partir do terramoto de 1755 passou a ser a mais quente de todas”, descreve Sandra.

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