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50 Mil na Festa do Alvarinho e do Fumeiro

50 MIL NA FESTA DO ALVARINHO E DO FUMEIRO

A vigésima primeira edição da Festa do Alvarinho e do Fumeiro de Melgaço terminou em ambiente de celebração dos produtos locais. Até ao último dia do certame, dia 3 de Maio, estima-se terem passado pelo recinto cerca de 50 mil visitantes, um número que não estará longe das estimativas de 2014.

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Em 2015, a festa que promove os vinhos Alvarinho e o fumeiro por excelência contou com algumas alterações, nomeadamente na atribuição dos espaços para os expositores de vinhos Alvarinho e fumeiro de Melgaço, que recebeu há menos de um mês a Indicação Geográfica Protegida (IGP), um processo de certificação e protecção especial ao presunto, salpicão, chouriça de carne e chouriça de sangue onde a carne do porco bísaro terá de constar em cinquenta ou cem por cento do produto (no caso dos enchidos). A reorganização do espaço, que a organização assegura ter permitido algum ganho de área no local de provas e compra de vinho, não foi no entanto a única alteração, já que este ano foi criada uma aplicação para dispositivos móveis que permitia ao visitante consultar em permanência o programa, restauração, hotelaria, actividades e espaços a visitar, dando-lhe assim mais hipóteses de escolha durante o evento, assim como serviço de internet wi-fi em todo o espaço coberto da festa.
“Estamos satisfeitos com o número de pessoas que vieram visitar a festa. Temos alguma indicação por parte dos produtores, quer de Alvarinho, quer de fumeiro, de que os volumes de vendas tem sido muito significativos, maiores do que em anos anteriores”, referia o presidente da Câmara Municipal de Melgaço no dia de encerramento do certame.

Num ano “delicado” para a economia ligada ao Alvarinho de Monção e Melgaço, o autarca reforçou que o eventual alargamento é uma preocupação de toda a sub-região que “não tem dados para perceber muito bem o que vai acontecer se porventura a lei for alterada”, cabendo por isso aos agentes do sector vitivinícola destes concelhos aproveitar esta montra de referência a “afirmação positiva daquilo que são os nossos valores, características e especificidades dos nossos produtos”.
Manoel Batista reconhece ainda que o atraso na entrada em vigor do Quadro Comunitário de apoios 2014-2020 poderá atrasar a realização do estudo de caracterização do Território Vitícola da Sub-região de Monção/Melgaço, a ser realizado pelo Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC) mediante candidatura a fundos europeus e com previsão inicial de finalização para Dezembro de 2016.

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Repensar para modernizar

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Apesar das demoras inerentes a “um quadro [de financiamento] que nunca mais mexe e que permitiria avançar uma estruturação séria da comunicação daquilo que são os nossos produtos e o nosso território”, o autarca de Melgaço reforça a provocação ao agentes interessados no alargamento para que estes façam um “estudo sério” para decidir com propriedade de conhecimento.

Sobre a exposição científica e jurídica feita no passado mês de Março, encaminhada para e enviada para diversos órgãos políticos, Manoel Batista indica ter recebido “com agrado” um pedido de esclarecimento da presidência da república. “O senhor Presidente da República, através da sua assessora para a área agrícola, teve uma longa conversa comigo ao telefone para tentar perceber um pouco o que é esta realidade e o que está em causa. Agradou-me a forma como a presidência da república agarrou no tema e ficou o compromisso pela parte da assessora de procurar questionar o Ministério da Agricultura em relação a isto”, esclarece.
Nesta edição da Festa do Alvarinho e do Fumeiro, repensar o layout para modernizar e chegar a todos implica envolver também empresas melgacenses na área da tecnologia. A Ukubo, empresa de tecnologia e software sediada em Melgaço, foi a criadora da aplicação para as plataformas móveis onde era possível andar com o programa das festas e toda a animação e serviços disponíveis do concelho na palma da mão.

O autarca realçou o “trabalho seríssimo” da empresa de Daniel Carvalho e Manuela Fernandes, que vem complementar o lado tecnológico que faltava ao evento.

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Alvarinho ao rubro, mas a “pipa do dinheiro” não abriu

A cerimónia de abertura, no dia 1 de Maio, foi presidida pelo autarca de Coimbra e presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), Manuel Machado, que frisou a vontade daquele organismo em “criar soluções” num momento em que o país espera com ansiedade a abertura dos quadros comunitários. Num certame em que o mercado do vinho era rei, o representante aproveitou para ilustrar o caso nacional com alegorias do sector.

“Fala-se em pipas de dinheiro que vem da Comunidade Europeia, dos fundos comunitários, mas o raio da torneira da pipa não há meio de abrir, nem ao menos para provar o vinho!”, criticava Manuel Machado, assegurando que, ainda neste registo, Portugal não tinha passado “sequer da vindima”.
No seu discurso de abertura, o autarca e Melgaço destacou a celebração do território e dos seus dois produtos ex-libris, o vinho e o fumeiro. As conquistas no sector do fumeiro não aligeiraram as referências ao vinho, insurgindo-se contra a alegada usurpação e utilização “abusiva” do produto valorizado pela sub-região. O autarca congratulou por isso todo os que têm utilizando “meios variados” para lutar, para que esta “tentativa de apoderarem-se da qualidade dos nossos vinhos não aconteça”.

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