As guerras continuam

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António Fernandes

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Continua a guerra na Ucrânia e, com recurso aos mesmos procedimentos.

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Mas também por outras vias, em outros Continentes, tão só porque os interesses obscuros de forças ativas no mundo cujo epicentro de conveniência momentânea se centra no personagem Putin e seus acólitos assim o entendem, associadas a figuras dispersas pelo mundo onde os ódios crescentes emergem consoante a perspetiva divulgada sobre os conflitos e os efeitos diretos e indiretos das suas consequências. O que não atrapalha os objetivos perseguidos pelos interesses referidos a quem, até o contraditório gera benefício, em prejuízo das civilizações, das pessoas e do meio, por subjugação a condicionalismos e circunstâncias. De vida e de sobrevivência.

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E, entendem mais: se for preciso matar à fome outros povos em outras latitudes, é o que farão sem qualquer hesitação. Pese o alerta das Nações Unidas para essa evidencia que consubstancia uma outra evidencia bem mais macabra: O poder é instável. Tenha a figura que tiver: político; económico; social e outros; age sempre na defesa intransigente do seu círculo de ascendência e de domínio.

Dai que o seu único incómodo seja o de ter medo em perder esse ascendente sobre o seu semelhante em toda e qualquer circunstância num tempo em que a evidência civilizacional só tem um caminho: o da globalização.

Ora, a globalização, para ser ágil, obriga à interdependência total entre os pares no espectro intercontinental num ambiente de cordialidade, partilha e de serviço, com implicações exigentes na relação institucional democrática e de total liberdade de expressão; de escolha e outros condicionalismos; no quadro da amplitude que abrange, mas também, na simplificação dos procedimentos; na uniformização dos métodos de validação da qualidade; assim como na operacionalidade e funcionalidade do tratamento e transporte físico dos bens e de todas as plataformas usadas inclusive na informação detalhada das rotas e do armazenamento mas também do equilíbrio sustentável da biodiversidade em defesa da vida.

Como é óbvio, este conjunto de conceitos insertos em uma nova realidade da relação intercontinental entre os povos ultrapassa os limites da mente retrógrada que ainda abunda, resultante de civilização transitada não ajustada aos acontecimentos de desenvolvimento contemporâneos.

Essa nova realidade não é fruto do acaso e nem sequer da vontade manifesta dos povos subjugados aos interesses instalados.

Trata-se da conjugação de fenómenos articulados em torno desses mesmos interesses instalados de forma a que os resultados líquidos das mais valias geradas pelo trabalho assalariado e a distribuir entre si mantenham uma espiral sempre crescente.

A globalização surge assim para agilizar o lucro sem os fenómenos circunstanciais da contestação popular em geral e dos assalariados em particular.

No entanto, e em resultado das contradições emergentes na senda da estabilidade social regrada por legislação e alimentada pelos impostos cobrados o índice da qualidade de vida torna-se mais exigente e ágil de forma a que as pessoas usufruam da automação e automatização dos procedimentos conducentes ao ajustamento das novas condições de vida e do consumo necessário ao equilíbrio da economia assente na dispensa da manufatura e de outros fatores implícitos a todo o processo de transformação das matérias primas em bens de consumo.

O princípio do respeito pela autonomia é elementar ajustado a um novo conceito de ordenamento internacional global com identidade transversal sustentada no conhecimento e no superior interesse futuro da Humanidade.

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Esta contradição entre o aumento da mais valia propulsora da globalização e a melhoria das condições de vida das civilizações face a um crescente aumento do seu tempo disponível traz um “custo” demasiado elevado ao anquilosado conceito de poder por se manter na mente das classes dominantes essa anquilose doentia que não consegue evoluir em sintonia com os seus próprios interesses em que a perda de condições especificas no exercício são condição essencial para a sua própria sobrevivência identitária e, necessária, para o equilíbrio estrutural da organização social atual.

Nesse sentido, bem pode a demência ocasional com desígnio de expansão, fomentar as guerras que quiser e matar as pessoas que entender, que jamais conseguirá produzir um retrocesso civilizacional exponencial ao ponto de reverter as alterações climáticas – Era do Gelo – que exterminaram espécies e marcaram a história do Homem assim como os efeitos das revoluções sociais e ambientes posteriores com especial destaque para: a revolução agrária; a revolução industrial; a revolução tecnológica em curso.

A guerra continuará. A devastação da Ucrânia continuará. A intenção expansionista continuará. Até ao limite do beliscar de forma dolorosa os interesses financeiros envolvidos. Porque, quando isso acontecer, serão as contradições no seio do poder a exigir a estabilidade mundial em uma nova ordem mundial onde a globalização ora periclitante ditará as novas regras de vida das civilizações organizadas onde o deve e o haver das pessoas será a pedra basilar de toda a estrutura arquitetónica social construída com elevação.  

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