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De Viana a Trento: ‘Diário de Bordo’ – 2 do Diogo e do Miguel

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Crónica dos vianenses Diogo Ferreira e Miguel Teodoro que partiram de Viana recriando o percurso de Frei Bartolomeu dos Mártires e que já andam por terras de Itália. Leiam na primeira pessoa a sua segunda crónica, o ‘Diário de Bordo’, acompanhado de fotos e desenhos por onde têm andado. Um exclusivo para o Minho Digital!

O Miguel e o Diogo

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Milão // A entrada em Itália não foi nada fácil, a escassez de comboios entre os dois países fez-nos repensar e reformular indefinidamente o itinerário que seguir.

Após uma viagem atribulada e entre um e outro percalço, acabamos por pernoitar na estação de Ventimiglia, onde fizemos escala. Na erma madrugada partimos para Milão e chegando lá achamos por bem descansar um pouco. Depois de alojados decidimos partir para um primeiro contacto com a cidade. Íamos contando as horas de Sol que nos restavam assim como as estações de metro, a ânsia de chegar ao centro e ver a magnificência dos monumentos era tanta que nos íamos distraindo nas contas. A saída do metro irradiada de luz, ia-nos encandeando quando vimos o castelo que aparecia no cimo da avenida. A arquitetura dos edifícios contrastava com aquela que viramos em França, cujo branco calcário refletia o sol, triplicando a sua intensidade. Uma pedra com tons ocres avermelhados edificava a cidade. Sentados na sombra de uma árvore almoçámos e contemplámos a construção das suas paredes e a utilidade que alguma vez tiveram. Descendo pela avenida íamos vendo os edifícios que se erguiam a cada um dos nossos passos. Sentíamoe que estávamos cada vez mais perto do que realmente queríamos ver. A aglomeração excessiva de pessoas ia anunciando a proximidade da praça principal, e num ápice eis que surge il Duomo, a catedral símbolo máximo do gótico flamejante do século XIV que acaba por simbolizar o coração de Milão. No seu interior, os grandes vitrais narram feitos bíblicos que reluzem com a luz exterior, refletindo nos adornos que embelezam a igreja. As arcadas laterais abrem portas para um altar glorioso que se estende na cobertura pela cúpula que suporta os pináculos exteriores. Em redor da igreja a Galeria Emanuell Vitoriano, dá uma nova entrada para a praça. O detalhe dos seus tetos, das suas faixas de pedra esculpidas ao longo de toda a sua extensão e do mosaico que alcatifa o chão com padrões e figuras, merecem un olhar demorado e atento.

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No crescente do dia seguinte, já na cidade, deambulamos pelas ruas na busca de um quadro perfeito para registar. Entre museus e ruas que íamos visitando e vendo, íamos captando o que víamos e refletindo nos quão transversais aquelas paisagens urbanas são… e no conforto do maior dos prazeres, íamos deixando a cidade em direção a tantas outras.

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Bolonha// No comboio Milão-Bolonha a paisagem passava, deixando para trás um rasto de tons secos e terrenos com apontamentos verdejantes. Uma rápida paragem em Bolonha leva-nos a querer explorar mais esta cidade. A Piazza Maggiore é magnífica e nem a chuva persistente que vai caindo sob os nossos rostos nos faz desistir.

Entre uma e outra ruas íamo-nos abrigando num e noutro toldo. 

Saciados de conhecimento e de incríveis sensações continuamos a nossa jornada, agora até Florença.

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Florença// Chegámos a Florença num comboio regional. Um autocarro leva-nos ao parque de campismo. Muito perto está o melhor miradouro sobre a cidade, Piazzale Michelangelo. Uma vista absolutamente magnífica abre-se sobre os nossos olhos. A imponência do Duomo é evidente, contrabalançada pela harmonia e paz que o rio Arno emana. Dúzias de cúpulas e torres germinam do solo composto por edifícios baixos e ruas estreitas  enviesadas. Várias montanhas aconchegam a cidade.

Descemos ao centro conduzidos por paredes de pedra e passeios estreitos e sentimos o verdadeiro espírito de Florença.

Museus, galerias, igrejas e piazzas enchem o nosso itinerário. Obras de arte incríveis que são e sempre serão referências exemplares.

Catedral de Santa Maria del Fiori destaca-se pela sua exuberância e enorme dimensão, com imenso detalhe na fachada, uma enorme cúpula e a utilização de diferentes tipos de pedra mármore verde, branca e vermelha no exterior. Tudo isto torna esta catedral única e uma obra prima que Bruneleschi entregou à humanidade.

O sol começava a aproximar-se da linha do horizonte, estava na hora de subir de novo à Piazzale Michelangelo para apreciar o cenário.

Lá em cima a vista era soberba, as montanhas toscanas sobrepostas enquadravam a cidade e o céu vermelho fogo enchia-a de tons quentes neste final de tarde. Apesar da multidão o ambiente continuava sereno, fruto, talvez do cenário incrível que deixava o observador sem palavras.”

Link fotografia Diogo Ferreira : https://u1jdcz.s.cld.pt/

 

Link desenhos Miguel Teodoro : 

https://0dzcny.s.cld.pt/

 

 

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