Momentos de Poesia – 4

Novos momentos de poesia…

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A NOBREZA DA ÁGUIA

Das tribos índias aos celtas e romanos

Das civilizações andinas às astecas

A águia dominou por muitos anos

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

Os símbolos do poder desses ascetas

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Nos seus estandartes, flâmulas e pendões

Ela lá estava ornando de beleza

Qual milenar trofeu de muitas gerações

Cuja visão inspirava força e grandeza

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Dela os senhores da guerra se orgulharam;

Nero, Napoleão, e até Hitler, o odiado

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E com ela os seus exércitos marcharam

Deixando a seus pés tudo esmagado

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Mas a águia foi tudo isto e muito mais,

Nem é só sinonímia de força e de grandeza

Ela nos lembra Cristo que aos demais

Deixou pasmados com a Sua agudeza

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Daí, que à águia fosse confiado

O transporte das almas pra eternidade

Um culto que ainda hoje é praticado

Nas tribos mais remotas, sem idade

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Qual mensageira dos deuses esta ave

Era adorada e até venerada

Porque a águia era tida como chave

Para cada vitória alcançada

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Nota do Autor:

A Águia Real 

Simbolizando a força e a determinação, a Águia voa alto, usando a sua apurada visão para perscrutar a caça que se desloca lá em baixo, no solo.

A sua solidão, integrada no silêncio do espaço onde se move – ora pairando no ar, ora picando a grande velocidade sobre as suas presas – confere-lhe uma majestosa e deslumbrante visão de dignidade, realçada pela beleza soberba da envergadura das suas asas abertas. Na cabeça emplumada, avultam uns grandes e inteligentes olhos e um fortíssimo bico encurvado e ameaçador, pronto a despedaçar, com a ajuda das garras, o mais feroz adversário.

ALGARVE

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Com cheiros amendoados, com gaivotas

Com chaminés rendadas e branquinhas

Com lendas encantadas, com poetas

Com céus d’oiro, chilreios de andorinhas

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Com praias de beleza estonteante

Com doce ondulação beijando areias

Com branduras de brisa acariciante

Com transparências d’água, marés cheias

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Com os bailes mandados, corridinhos

Com lingueirão, conquilhas, marafados

Com dom rodrigos como os mais docinhos

Com os gostos do mar nos cozinhados

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De tudo isto é feito o belo Algarve

Onde o cultor de Allah deixou raízes

Só não ama este sul quem dele não sabe

Ver-lhe nos tons os mais lindos matizes.

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Poesia

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 O UNIVERSO E O HOMEM

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( Manto de Deus, vistoso, formidável…

É nesta catedral imensurável

que os destinos humanos são traçados! )

Neste universo que o olhar nos enche

Estão as respostas todas de quem somos

As vidas que vivemos e o que fomos

E a que estamos vivendo e nos pertence.

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Nele se exercem as leis universais

Que a mente cósmica domina e orienta

E que celestes corpos suprimenta

De influências poderosas e astrais.

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Mercúrio e Vênus são cósmicos pais

Dessas forças que tanto condicionam

Os destinos do homem e lhe abonam

As tendências maiores e estruturais.

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Dir-se-á que a humana consciência

Assumido o seu karma original

Terá noção do seu poder mental

P’ra se dar a si própria consistência.

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E a alma que nos move a intenção

Do equilíbrio polar assim dotada

Causa intuída, matéria controlada

Dos sete anjos terá a aprovação.

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E assim, vontade, mente e emoção

De consenso carecem neste jogo

Em que a razão reside desde logo

Na prudência da sábia avaliação.

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Até que a Consciência Superior

Nos retorne ao Pai espiritual.

É o tempo do mortal ser imortal;

Do espírito volver ao Criador.

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SAUDOSOS COSTUMES

 

O pé, o calcanhar, a pantorrilha

D’anatomia, os alvos principais

Se a saia não fosse uma empecilha

Às tendências d’então; emancipais.

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Que sensual o nylon que roçava

Coxa com coxa por qualquer salão

E se um pouco do joelho se mostrava

Lá fervilhava o sangue de um varão.

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Depois, era um olhar insinuante

Em busca de um piscar embaraçado

E o coração batia, arrebatante.

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Que bom era o amor assim sonhado

Vivido entre esperanças, instigante

De avanços e recuos…

até ser mitigado.

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A CORUJA

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Sábia coruja, diz-me o que tu sentes

Pousada nesse tronco onde repousas

Ao veres com esses olhos eminentes

E n’abrangência com que sempre ousas;

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A vida que decorre entre os humanos

Depois de tantos séculos de história

Entendes tu os gestos levianos

Que tudo tornam nesta gesta inglória?

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Será que os teus conselhos sapientes

Não moldariam as gentes pra destinos

Mais assertivos, por mais discernentes?

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Faz com que Athena lhes mostre os caminhos

Que iluminaram os seus ascendentes

Ah, sábia amiga, refina-lhes os tinos!

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O SIMBOLISMO DA CORUJA

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Athena, a deusa grega da sabedoria, possuía uma Coruja de estimação que permanecia sempre em seu ombro e lhe revelava as verdades invisíveis. Essa Coruja tinha o poder de iluminar o lado obscuro da deusa, capacitando-a a perceber toda a verdade e não apenas aquela parcela da verdade que podia discernir sem seu auxílio. Em função disso a coruja ficou associada à deusa da Sabedoria.

Eis a ave da deusa da Sabedoria e da Justiça; atenta coruja, possuidora de olhos luminosos que, como Zeus, enxergam “o todo”.  Devido a todos esses atributos, a Coruja simboliza a sapiência, constituindo-se, ela própria,  numa  proposta do conhecimento.

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