O Estado e os Novos Desafios (1)

António Fernandes

Chefe de Serviços em Multinacional de Telecomunicações

 

Os Estados só existem por necessidades conjunturais de organização das populações em torno de um conjunto de valores intrínsecos e, de vida, de forma a que melhor os consigam defender, preservar e lhes assegurar a continuidade, mantendo-lhes o cunho identitário ao longo da História.

Com a globalização, a figura do Estado físico foi colocada em causa. Sendo que, a consequência mais recente de proteção dessa figura – Estado –   tenha sido a construção da U.E. – União Europeia. Uma nova estrutura de organização social agregadora da figura do Estado em uma União de Estados com uma nova estrutura de organização em que a delimitação física do território, as fronteiras, foram abolidas, dando lugar a um mercado comum continental em construção a que aderiram os Estados que o entenderam por bem para os seus povos e para as suas economias nacionais.

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Essa foi a resposta da Europa perante os desafios intercontinentais de interesses económicos políticos e sociais em frentes que se presumiam antagónicas, mas que, com a sua implementação, se percebeu que o não são:

1- a abolição de fronteiras;

2- a livre circulação de pessoas e bens;

3- a criação de uma moeda única;

4- a organização política e económica centralizada em grandes eixos transversais, até ao Tratado de Lisboa;

Uma experiência nova de organização das sociedades em múltiplos fatores sendo que, o da partilha de mercados exponencia resultados elencados de crescimento económico e de harmonização planificada de todos os seus agentes balizados por diretivas emanadas pelo Parlamento Europeu em que uma nova postura na arquitetura económica do seu espaço, onde as cotas de produção, extração e  exploração de recursos, mas também, de regulação da certificação da qualidade e de uso a que acresce aceitação e respeito, em setores distintos como o são:

– a saúde;

– a educação;

– a natalidade;

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– a longevidade;

– os fatores que provocam as alterações climáticas;

– a demografia mundial e os surtos migratórios;

– a intraculturalidade, interculturalidade e a multiculturalidade;

– a influência das crenças e das religiões nos comportamentos sociais;

– os impactos sociais provocados pelas novas tecnologias;

– entre muitos outros fatores de oscilação cultural nas sociedades;

Alteração politica que foi assumida e cumprida no quadro daquilo que tem sido as alterações político partidárias de Governação nos diversos Estados membros fieis ao acordado no âmbito das politicas comuns onde, como já referido, a livre circulação de pessoas e mercadorias é a pedra angular de todo o circuito da transação comercial para que resulte com maior eficiência no consumo que é a razão de ser de todo o circuito produtivo e de transformação ao serviço das pessoas para que tenham uma melhor qualidade de vida.

Este processo tem de ser um processo adequado aos fatores que influenciam o comportamento interativo das gerações em presença.

 

Braga, agosto de 2019

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