Os oito tópicos abaixo trazem o trivial do ‘Dia da Mentira’. E pode acreditar: não há fanfarronice no Acredite Ou Não.
1. Onde e como surgiu o ‘ Dia da Mentira ‘?
Carlos IX (Foto: Wikimedia)
PUBHistoriadores afirmam que o ‘Dia da Mentira’ surgiu na França, durante o reinado de Carlos IX, entre 1560 e 1574. Até o início do século XIV, o ano novo era celebrado em 25 de março, com o começo da primavera, e as comemorações iam até o dia 1° de abril. No ano de 1562, porém, o papa Gregório XIII instaurou o calendário gregoriano, ainda praticado nos dias de hoje, com o início do ano em 1° de janeiro.
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Carlos IX só adotou a nova data dois anos depois e, ainda assim, muitos franceses ignoraram a mudança. O apreço pela data antiga gerou muitas piadas à época. Com o termo “bobos de abril”, os brincalhões começaram a enviar presentes esquisitos e convites para festas que não aconteceriam em 1° de abril. A piada alastrou-se pela Europa com o passar dos anos.
2. Diferentes nomes
PUBEnquanto em Portugal o 1° de Abril é chamado de Dia da Mentira, noutros países a nomenclatura é diferente. Nos Estados Unidos, a data foi batizada de April fools’ day (dia dos tolos de abril). Na Espanha, é o Dia dos Enganos. Na Itália e na França, chama-se, respectivamente, Pesce d’aprile e Poisson d’avril – o significado, porém, é o mesmo: Peixe de abril.
3. A data chega ao Brasil
Dom Pedro II (Foto: Wikimedia)
Do outro lado do Atlântico, a primeira grande brincadeira do Dia da Mentira no Brasil foi em 1° de abril de 1848. Um jornal chamado de “A Mentira”, lançado em Pernambuco, informou, na data em questão, que o imperador Dom Pedro II havia falecido. A notícia, claro, era falsa – Dom Pedro II morreu somente em 1891, na França. O facto foi desmentido dias depois, no entanto, apanhou muitas pessoas desprevenidas.
4. A plantação de macarrão
PUBEm 1957, um programa da rede de televisão BBC exibiu uma falsa reportagem sobre uma suposta colheita de macarrão na Suíça. Uma família aparece a pegar massa alimentícia e coloca-a para secar ao sol. A repercussão foi tamanha que muitas pessoas entraram em contato com a emissora para saber como plantar macarrão em casa. Foi a primeira grande mentira contada na televisão.
5. Britânicos enganam brasileiros
No fim do século XX, a imprensa britânica pegou dois tradicionais veículos brasileiros com pegadinhas,a na habitual versão portuguesa de Apanhados. A Veja deu destaque, em 1983, a uma reportagem divulgada pela revista New Scientist, que falava sobre uma suposta experiência científica que criou um alimento animal-vegetal chamado “boimate”, misturando células de boi e de tomate.
Veja a página abaixo:
Já o jornal Folha de S. Paulo também foi “enganado” ao basear-se numa reportagem do jornal The Independent que afirmava que arqueólogos haviam descoberto evidências da existência da vila dos personagens Asterix e Obelix.
6. Capa de mentiras
No ano de 1999, o jornal Cruzeiro do Sul, de Sorocaba (SP), divulgou que Fernanda Montenegro havia conquistado um Oscar de melhor atriz. Na mesma capa, a publicação afirmava que o salário mínimo havia aumentado para R$ 3 mil, o jogador Ronaldinho havia sido contratado pelo modesto time de futebol São Bento e que a cura para a SIDA e obesidade foram descobertas. Tudo mentira, é claro. A capa verdadeira da publicação, que contava com tiragem de 40 mil exemplares, estava na página seguinte da falsa.
Veja a capa:
7. Orkut na troça
Em duas ocasiões, o site Orkut, rede social mais popular no Brasil até então, aderiu às brincadeiras do Dia da Mentira. Em 2008, o nome do site mudou para Yogurt por um dia. Já em 2011, a alcunha utilizada foi Earkut.
8. Google ainda mais engraçado
Tradicionalmente, o buscador Google apronta com os internautas no dia 1° de Abril. Duas peripécias, porém, chamaram a atenção nos últimos anos.
Em 2011, foi anunciado o lançamento da Gmail Motion, falso gadget de e-mail que não exigiria o uso do teclado para executar funções, e uma suposta inovação de um de seus escritórios: a criação de uma ferramenta de teletransporte.
Dois anos depois, em 2013, a empresa anunciou o Google Nose, ferramenta que possibilitaria sentir e transmitir cheiros na internet. Para isso, bastava aproximar o nariz da tela.
