25 Abril às armas e o corporativismo da indústria de armamento

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Paulo Alves

(Aveiro)

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Após todos os discursos com pompa e circunstância na Assembleia da República, a que nos habituaram nesta data, com a excepção de um, que não gosto de falar, mas que o seu discurso populista caiu bem no seio e nos ouvidos dos Portugueses, apareceu no mesmo dia o Presidente da República, na qualidade de chefe das forças armadas, a reclamar mais investimento em armamento, segundo ele, para motivar e unir os membros que a compõem.

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Parece-me um discurso a reboque da NATO e a fazer lembrar a reivindicação de Donald Trump em que todos os países membros deveriam investir cerca de 2% do PIB ( quatro mil e seiscentos milhões de euros, vejam só ) – 4.600.000.000,00€.

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Todos os países membros deverão dar o seu contributo, em meios, homens e infra estruturas quando forem solicitadas.

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Portugal tem muito para dar à NATO, militares especializados nos diversos ramos das forças armadas, e as infra estruturas que tem ao seu dispor, tais como aeroportos militares, incluindo o morto vivo de Évora e as Lajes.

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Querer desviar tais verbas de um país pobre como Portugal, onde existem reformas e pensões de 285€, onde o meu hospital distrital Aveiro, nem sequer oferece um equipamento para fazer cataterismos ou uma urgência de urologia, onde existe a incapacidade de actualizar os salários da educação, paralisados há anos assim como as carreiras dos seus docentes, onde existe a falta de vontade ou incapacidade de reforçar o PRR na fatia que cabe às empresas (1/15 de 15 mil milhões de euros ) e que só elas podem ser o motor de crescimento económico, criação de emprego e riqueza, faz me pensar que o corporativismo mundial está a bater à porta dos nossos governantes decisores para um investimento sem precedentes nas forças armadas.

geral@minhodigital.pt
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