Lendas e Mitos do Brasil: Paraná (2)

ESTADO DO PARANÁ: Como é grande este Brasil !

A curiosidade pela pesquisa sobre a importância do Estado do Paraná no cenário brasileiro, continua me seduzindo e motivando a dar conhecimento aos leitores que me acompanham no Jornal Minho Digital, publicado no Norte de Portugal e tem a coordenação do editor José Luis Manso Preto.

As atenções de hoje estão voltadas para a cidade de MARINGÁ.

 

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Maringá

Fotos e texto: Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Nota: Não confundir com Nova Maringá (em Mato Grosso).

 

Maringá é um município brasileiro do Estado do Paraná, sendo uma cidade média-grande planejada e de urbanização recente. É a terceira maior do estado e a sétima da região sul do Brasil em relação à sua população, destacando-se pela qualidade de vida oferecida a seus moradores e por ser um importante entroncamento rodoviário regional. É considerada uma das cidades mais arborizadas e limpas do país.

Sua população, conforme o Censo de 2022, era de 409 657 habitantes, e sua Região Metropolitana com mais de 800 000 habitantes (dados IBGE/2020). Planejada pela empresa Companhia de Melhoramentos Norte do Paraná, em 10 de maio de 1947, Maringá foi uma vila e depois, distrito do município de Mandaguari, sendo elevada à categoria de município pela Lei nº 790, de 14 de fevereiro de 1951, desmembrando-se daquele município.

Com traçado urbanístico inicialmente planejado e modernista, pelo urbanista Jorge Macedo Vieira, seguindo o princípio de Ebenezer Howard de cidade-jardim, sofreu crescimento acelerado nas décadas seguintes. Ainda assim, o município mantém índices de qualidade de vida elevados, preservando no perímetro urbano grandes áreas de mata nativa como o Horto Florestal, o Parque dos Pioneiros (bosque II) e o Parque do Ingá, sendo este último aberto ao público. Inclui ainda fragmentos menores como o Parque do Cinquentenário, ou áreas particulares e uma grande rede de áreas de conservação de fundos de vale.

Etimologia

Segundo a Nova História da MPB – Volume 22, o nome do município deu-se porque os operários cantavam a música Maringá, Maringá (de Joubert de Carvalho) noite e dia, durante seus trabalhos. Fato é que, na placa da Rua Joubert de Carvalho, está escrito: “Compositor da música que deu o nome à cidade”.

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História Fundação

O município tem origem com a colonização do norte do Paraná, que teve início no fim do século XIX. A região, que era predominantemente ocupada por florestas de mata atlântica, atraiu a atenção de produtores rurais paulistas e mineiros devido à presença da “terra roxa“, do italiano, terra rossa (vermelha), originada da decomposição do basalto e extremamente fértil. O principal interesse dos fazendeiros era a aumentar a área de produção de café. Para solucionar os problemas de logística da região, um grupo de fazendeiros da região, liderados pelo paulista Antonio Barbosa Ferraz, promoveu a construção de uma estrada de ferro ligando a cidade paranaense Cambará, no “norte velho”, a Ourinhos, no interior de São Paulo.

Em 1923, uma comitiva liderada por Edwin Samuel Montagu, ex-secretário de finanças do tesouro do Reino Unido, veio ao Brasil para negociar uma dívida que o país possuía junto a credores britânicos. Entre os membros da comitiva estava Simon Joseph Fraser, o 16º Lorde Lovat da Escócia, que viajou para procurar terras férteis para cultivar algodão para a indústria têxtil britânica. Lorde Lovat visitou propriedades do interior paulista e, seguindo a trilha das fazendas de café, chegou ao norte do Paraná.

Colonização

Ver artigo principal: Companhia de Terras Norte do Paraná

A fertilidade da terra roxa que atraíram paulistas e mineiros à região alguns anos antes também agradou o britânico, que decidiu investir na plantação de algodão na região e fundou a empresa Brazil Plantation Sindicate, empresa responsável pelo gerenciamento de suas propriedades em terras brasileiras, que mais tarde foi absorvida pela Companhia de Terras Norte do Paraná, que planejou a colonização da região com a formação de quatro núcleos urbanos, que teriam aproximadamente 100 km de distância uns dos outros: Londrina, Maringá, Cianorte e Umuarama. Essas cidades seriam os grandes centros prestadores de serviços da região, sendo interligadas por uma única ferrovia. Entre essas cidades, a cada 15 km aproximadamente, deveriam surgir cidades menores, que teriam a função de ser um ponto de apoio para as propriedades rurais da região, abastecendo-as com produtos de necessidade básica que não eram produzidos no campo, como sal, produtos de higiene pessoal, querosene, roupas, entre outros.

Vista da Capela Santa Cruz em Maringá, construída em 1945

 

A divisão dos lotes promovida pela Companhia de Terras Norte do Paraná foi planejada para aproveitar o máximo possível os recursos naturais e logísticos da região. Todas as propriedades deveriam fazer divisa com uma corrente d’água ao fundo, aproveitando os fartos recursos hídricos locais; e com uma estrada de rodagem à frente, para facilitar o escoamento da produção. O primeiro lote de Maringá, de numeração 1/A, foi adquirido pelo padre alemão Emílio Clemente Scherer, que chegou ao país em 1938, fugindo do nazismo. O padre Scherer é considerado o primeiro pioneiro desbravador de Maringá. A propriedade que ele adquiriu, foi batizada de Fazenda São Bonifácio. Foi nesta propriedade que, a 12 de fevereiro de 1940, surgiu a primeira igreja do município, a Igreja São Bonifácio, construída com madeira retirada de árvores cortadas na própria fazenda. Em 1942, surgiu também um pequeno povoado que servia como ponto de apoio aos desbravadores que já começavam a trabalhar nas propriedades rurais locais, o chamado “Maringá Velho”. Já a Capela Santa Cruz foi o primeiro templo religioso na zona urbana, sendo construída em madeira em 1945. Preservada, encontram-se no seu interior quadros e imagens sacras, algumas vindas da Espanha.

Planejamento urbanístico

O projeto da cidade de Maringá é datado de 1943 e assinado pelo urbanista paulista Jorge de Macedo Vieira, adepto do conceito de “Cidade Jardim” elaborado pelo britânico Ebenezer Howard e responsável pelo projeto de vários bairros de São Paulo. O traçado do município foi desenhado com largas avenidas, canteiros que valorizavam o paisagismo e ruas que seguiam a inclinação natural do relevo o mais fielmente possível. O planejamento contemplava também a divisão da cidade por zonas, de acordo com a função. A região central concentraria o centro cívico, a Zona 1 seria destinada ao comércio e à prestação de serviços, as Zonas 2, 4 e 5 seriam residenciais, enquanto as Zonas 3, 6 e 7 seriam zonas residenciais operárias, e assim por diante. A cidade foi planejada para comportar até 200 mil habitantes.

A fundação oficial de Maringá e data em que a cidade comemora seu aniversário é 10 de maio de 1947, quando a Companhia de Terras Norte do Paraná (que foi adquirida por investidores brasileiros nos anos 1940 e foi rebatizada como Companhia Melhoramentos Norte do Paraná em 1951) abriu um escritório na cidade.

Geografia

Parque do Ingá

Poucos rios cercam o município, que tem como principal meio de abastecimento de água o rio Pirapó. A captação de água superficial realizada no rio Pirapó corresponde a 88% da água distribuída, sendo os outros 12% provenientes de cinco poços profundos. Até abril de 2010 a cidade possuía 102.162 ligações de água. Seu território encontra-se entre o interflúvio dos rios Pirapó e Ivaí.

O município tem uma área total de 473.064.190 m², sendo 128.260.000 m² de área urbana e 340.864.260 m² de área rural. O solo da região é do latossolo roxo-distrófico.

Região Metropolitana de Maringá foi instituída pela lei complementar estadual 83, de 1998, e compreende os municípiosde ÂnguloIguaraçuMandaguaçuMandaguariMarialva, Maringá, Paiçandu e Sarandi.

Em 2005, com a inclusão de AstorgaDoutor CamargoItambéIvatuba e Presidente Castelo Branco, a população da Região Metropolitana de Maringá passou a ser estimada em 576 581 habitantes (IBGE/2005), atingindo o mínimo necessário para se enquadrar como área de região metropolitana. Com os catorze municípios, possui uma a área territorial de 3.187,7 km². A lei foi aprovada no Palácio Iguaçu pelo governador Roberto Requião, que convidou o ex-prefeito da cidade de Maringá, João Ivo Caleffi para coordenar a região Metropolitana.

 

LENDAS DE MARINGÁ

Lendas urbanas famosas em Maringá

Maringá tem centenas delas e o historiador João Laércio já avisou que pretende reuni-las em um livro.

O historiador já coleciona uma pilha de depoimentos que rendem 80 lendas urbanas.

Diz: “Quando chegar em 120 quero montar o livro”, avisa entusiasmado. João Laércio trabalha no setor de Patrimônio Histórico da Prefeitura de Maringá, e tem como hobby descobrir lendas urbanas de Maringá.

 

3 LENDAS FAMOSAS

Ao portal GMC Online, ele contou 3 lendas urbanas famosas na cidade.

 

– O bandido Saruê da Vila Operária

Saruê foi um bandido que morou na Vila Operária até a década de 1980. Apesar de ser criminoso, ele era protegido pelos moradores do bairro porque roubava dos ricos e dava aos pobres que viviam ali.

Até aí tudo normal. Só que reza a lenda que Saruê tinha um poder especial: ele se transformava em animais ou objetos para escapar da polícia.

“Ele foi uma espécie de Robin Hood da Vila Operária. Essa lenda é muito forte no bairro e contada até hoje”, diz o historiador.

Saruê foi morto pela polícia após cometer um crime.

 

– Demônios na Estrada Guaiapó

Em 1955, o padre Benno Wagner, que atuava na paróquia São José Operário, foi chamado para exorcizar demônios em uma casa localizada na Estrada Guaiapó. O próprio padre contou, em um livro de memórias, que exorcizou o demônio e, pouco depois, a casa teria começado a tremer. Dias depois, foi a vez de casas vizinhas também tremerem por causa da presença de demônios.

 

Assombrações em estacionamento de shopping

O terreno onde hoje se encontra o shopping Maringá Park já foi um hospital na década de 1950. Ali, reza a lenda, teriam acontecido vários abortos. As atividades do hospital foram encerradas na década de 1960 e o shopping foi construído.

“Desde quando era Aspen Park, várias pessoas relataram ter visto vultos, assombrações no estacionamento do shopping. Seriam as sombras das crianças que foram abortadas. Até hoje tem gente que fala isso, é uma lenda forte”, ressalta o historiador.

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Naturalidade Portuguesa

Nacionalidade Brasileira – Ministério da Justiça do Brasil

Cidadão Duquecaxiense – Câmara Municipal Duque de Caxias

Academia Duquecaxiense de Letras e Artes

Associado do Rotary Club Duque de Caxias – Distrito 4571

Coordenador do Banco de Cadeiras de Rodas do RC Duque de Caxias

Membro do Conselho Central da Campanha Nacional de Escolas da Comunidade

Cavaleiro Comendador da Ordem dos Cavaleiros de Santo André

Diretor Proprietário da Distribuidora de Material Escolar Caxias Ltda.

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1 comentário

  1. Conteúdo muito interessante e surpreendente. Nós faz refletir sobre o quanto ainda não conhecemos em detalhes esse nosso Brasil a fora! Temos até Hobin Wood em Maringa!

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