O Caminho da Geira e dos Arrieiros foi “dos mais duros” entre os 25 itinerários jacobeus percorridos pelo escritor Luís Ferreira, mas com características patrimoniais e ambientais que “compensam todas as dificuldades”, conforme afirmou esta terça-feira, dia 26, após chegar a pé a Santiago de Compostela.
“Completo as bodas de prata com chave de ouro”, adiantou o escritor, reconhecido como “o maior autor português de ficção” sobre o Caminho de Santiago, frisando que “este sem dúvida foi O Caminho”.
“Foi duro, dos mais duros que realizei, mas onde as paisagens de criar momentos eternos, os silêncios rasgados pelo som do riacho a correr nas rochas, o chilrear dos pássaros, as casas de pedra em aldeias perdidas no tempo, compensaram todas as dificuldades”, afirma o autor na sua página na Internet.
“Num meio natural único, onde foi preciso muita força e superação para ultrapassar muitos dos obstáculos, chego a Santiago de Compostela com um sorriso estampado no rosto por tudo aquilo que vivi, mas sobretudo que conquistei”, destaca.
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Luís Ferreira, que escreveu obras como “O Peregrino”, “A Sombra da Verdade”, “Porque Caminhas?” e ”282 – O Último Caminho Será Sempre o Primeiro”, começou a peregrinação pelo Caminho da Geira e dos Arrieiros no domingo, dia 17 de setembro, em Braga.
O escritor, que nasceu no Barreiro em 1970 e iniciou a sua actividade literária como poeta, em 2007, “apaixonou-se” pelo Caminho de Santiago cinco anos mais tarde.
PUBEste itinerário de 240 quilómetros começa na Sé de Braga e passa pelos municípios de Amares, Terras de Bouro e Melgaço, entrando na Galiza pela Portela Homem.
PUBNos últimos seis anos foi percorrido por mais de 3.500 peregrinos, sobretudo de Portugal e Espanha, mas também do resto da Europa, da Austrália, Brasil, Japão, México, Azerbeijão, China, Belize ou Aruba.
Foi apresentado em 2017 em Ribadavia (Galiza) e Braga, reconhecido pela Igreja em 2019 e em publicações da associação de municípios transfronteiriços Eixo Atlântico (2020) e do Turismo do Porto e Norte de Portugal (2021).
O percurso destaca-se por incluir patrimónios únicos no mundo: a Geira, via do género mais bem conservada do antigo império ocidental romano, e a Reserva da Biosfera Transfronteiriça Gerês-Xurés. Além disso, o seu traçado é um dos escassos cinco que ligam directamente à Catedral de Santiago de Compostela.
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Nota: link para a página de Luís Ferreira: https://www.facebook.com/Luís.ferreira.7393
Créditos das fotos: Luís Ferreira
1 comentário
Sr. Ferreira, quantos dias demorou esta aventura, e quantos quilómetros fez por dia?