Chafé: querem demolir a residência paroquial em bom estado!

 

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Chafé: querem demolir a residência paroquial em bom estado! 

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Não parece oportuno (non videtur opportunum) demolir a atual residência Paroquial de Chafé. É este o Sentido de Fé (Sensus Fidel)? 

A residência paroquial, atualmente, além de não ter havido trabalhos de preservação, encontra-se em bom estado de conservação.

Construída no início do ano 1972, há 43 anos, graças à benevolência dos chafenses residentes e de seus filhos emigrados. Porém, tende a ser demolida por qualquer capricho inconsciente, de certos indivíduos!…

Ora, se a Igreja não aceita venerar as cinzas de um defunto (leges eclaesiae v. n. 4493. Col. 7290), também, e apesar disso, todo o bom cristão deve sentir em si por inadequada e imoral a demolição da residência paroquial, a qual, deveria merecer muito mais cuidado quanto à sua preservação, já que se tornou obra de benfeitoria da freguesia de Chafé. É bom que relembremos que a Igreja, enquanto Instituição, muito recomenda que se conserve todo o bem relacionado com os seus bens, nomeadamente os patrimoniais.

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Por conseguinte, tendo sido construída uma nova residência paroquial, como mostram as imagens, para eventualmente ali morar o pároco, a atual poderia ser destinada a albergar peregrinos a caminho a Santiago de Compostela, e retorno, ou para uma Casa de Cultura, ou até instalar um museu etnográfico, uma biblioteca ou algo de utilidade pública.

Tendo em conta a actual conjuntura económica e social, eventualmente, melhor serviria para um posto médico no caso de um dia a extensão de saúde encerrar.

Enfim, ser um prédio com muitas probabilidades de utilização para bem da comunidade chafense, além de poder empregar “desempregados”, para não emigrarem! 

Será que a União Europeia que envia para Portugal ‘pipas de massa’, dinheiro de utilidade discutível tendo em conta a realidade social, não há neste país, no caso concreto na freguesia alguém de bom senso? 

Além de tudo isto, poderia também albergar Chafenses em temporária dificuldade habitacional ou ajudar à sua reintegração social. Que os há na freguesia!…

‘Iluminados’ projetistas decidiram, sem consultação prévia perante o povo ou mesmo em referendo provocar o debate público para reflexão e sugestões, desenhar projectos que, além de não reunirem o consenso, em meu entender as valências não correspondem às realidades e carência dos dias difíceis por que Portugal atravessa. Se estão a agir por conta de outrem, convém que se esclareça tal, de modo a haver transparência e respeito por aqueles que, sacrificadamente mas por amor à terra, há mais de 4 dezenas de anos deram o seu generoso mas certamente esforçado contributo para uma obra que, apesar do tempo decorrido, não aparentava perigo de desabamento e muito menos incúria do utilizador. 

Mas, como é possível esta “saga” destruidora contra edifícios de boa construção, por esse país fora e no caso concreto na nossa região, muitas das vezes quando temos conhecimento do sofrimento e das dificuldades que o nosso povo hoje em dia atravessa, com a economia do país no lixo, uma nação endividada e termos andado de mão estendida como pedintes por essa Europa fora?!

Aqui fica o alerta às pessoas de boa vontade para que a demolição não aconteça e que se preserve um bem edificado, no sentido de ser necessário, eventualmente, para quem nos visita em devoção ou algo grandeza espiritual, se ao que ‘passa’ para a opinião pública as actuais funções a que está destinada já não se adequam!

O nosso conterrâneo Abílio Correia, meu professor na 4ª classe, durante os últimos 3 meses daquele ano lectivo em 1956/57, minuciosamente preservou numa pasta classificadora as cópias dos orçamentos propostos naquela época para a construção da referida residência paroquial de Chafé.

Os valores apresentados oscilavam entre 270, 341,500, 387 e 450 contos. Foi portanto adjudicada ao construtor civil José Gonçalves da Silva, por alcunha “Avança”, de Anha, por 270 contos.

Além disso, Aníbal Sampaio, o “Bonito”, nesse mesmo dia à noite, na sacristia da atual igreja paroquial, conseguiu arrecadar 28 contos em donativos, por entre os primeiros 23 doadores, como mostra a folha de 35 linhas, manuscrita por Joaquim Rodrigues Lima e Silva, o “Quim da Carma”, que foi professor regente.

Portanto, sejamos inteligentes e deitemos para trás das costas o mal, para o qual o diabo nos empurra.

Bem abençoadas as pessoas que, somente, querem o Bem! Que prevaleça o bom senso!

 

geral@minhodigital.pt
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