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Shirley Cavalcante
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Jornalista / Editora de Lusofonia
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José Sepúlveda, nascido em Delães, Vila Nova de Famalicão. Hoje a morar em Vila do Conde. Começou a escrever poesia cerca dos doze anos. No decorrer da sua carreira profissional trabalhou primeiro, como funcionário público e depois, durante 35 anos, como empregado bancário.
Publicou em alguns jornais e revistas ao longo da sua carreira. Amante da literatura, administra os grupos do facebook Solar de Poetas, Poetas Poveiros e Amigos da Póvoa e Casa do Poeta.
Frequentou a Universidade Sénior do Rotary Clube da Póvoa de Varzim, como aluno, tendo orientado a disciplina de Iniciação à Informática durante mais de dez anos. Apoia vários projetos literários, organiza e participa em Saraus e tertúlias, tem prefaciado alguns livros, apresentado e participado em lançamentos de antologias e livros de autor.
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Escritor José Sepúlveda, é um prazer contarmos com a sua participação na Divulga Escritor: Revista Literária da Lusofonia. Conte-nos, o que o motivou a publicar “Empório das Palavras”?
José Sepúlveda – A preparação do “Empório das Palavras” vem na sequência de muitos outros livros que tenho escrito. A temática são poemas mais íntimos e muitos deles de introspeção.
Quais critérios foram utilizados para escolha do título?
PUBJosé Sepúlveda – A escolha do título teve a er com ambiente em que esses poemas foram escritos, cujo conjunto se transforma para mim na minha “Grande Metrópole” da poesia.
Apresente-nos a obra.
José Sepúlveda – Empório das palavras
Empório das Palavras é um livro de poesia de introspeção e de reflexão sobre a vida e os seus desafios.
Nele, o autor mergulha no seu interior e dialogo com a vida e os seus atores, muitas vezes dum modo inconformado e até inconveniente.
É das raras ocasiões em que a dado momento o autor larga a figura do soneto, de que tanto gosta, e vagueia na poesia livre mas ritmada através de trabalho que foi reunindo ao longo do tempo.
Podemos afirmar que este é o livro em que o autor é mais ele, fala de si e dos seus sentimentos e não se coíbe de se despir perante uma sociedade que muitas vezes considera injusta e de cujos procedimentos e atitudes não se conforma.
Fui colecionador,
colecionador
de palavras,
Tive uma Arca
de coisas escritas
onde guardava
as minhas palavras.
Guardei
palavras raras…
Fiquei varo.
(José Sepúlveda, in: Empório das Palavras)
Apresente-nos um dos textos publicados na obra.
Espelho meu
Pergunto a este espelho em que me vejo,
Com redobrada e louca nostalgia,
Porquê, não sendo aquilo que desejo,
Me conta essa verdade crua e fria.
Há nesse olhar soturno um vil ensejo
De ser feliz, de me encontrar um dia,
De ser o som de frágil realejo
Que almeja ser o som e a harmonia.
Mas esse olhar impávido, sereno,
Segredo de um viver, quiçá, obsceno,
Derrete sem pudor meu coração.
Não para de dizer, gritar p’ra mim,
Que a vida, do início até ao fim,
Não passa duma efémera ilusão
Comente sobre o momento de criação, e mensagem transmitida pelo texto?
José Sepúlveda – Este formato de texto é por norma escrito de madrugada, quando acordo e penso na vida. A partir desse momento, o texto sai fluente e só para quando o poema atinge o seu fim.
De forma geral o que mais o atrai em “Empório das Palavras”?
José Sepúlveda – Atrai-me a temática, o ter haver comigo, o falar de mim, o ser o mais genuino.
Onde podemos adquirir o livro?
José Sepúlveda – O livro foi apenas editado em e-book e está disponível para leitura na minha biblioteca online nas plataformas Calameo e Recanto das Letras.
Quais os seus próximos projetos literários?
José Sepúlveda – Tenho sempre entre mãos diversos projetos literários. Neste momento, tenho em fase de preparação um novo livro de poesia, desta vez de quadras populares ao estilo de Aleixo. Paralelamente, estou a escrever um livro para o Cinquentenário da construção da Igreja Adventista de Vila do Conde, de que faço parte, e um outro de genealogia, em forma de manual de genealogia bíblica.
Além de “Empório das Palavras” você tem um acervo bastante vasto e diversificado, como podemos conhecer melhor os livros publicados?
José Sepúlveda – Os meus livros encontram-se publicados online em duas plataformas: “Calaméo” (estou a publicá-los gradualmente dado que antes estavam noutra plataforma que começou a exigir pagamentos pela manutenção dos livros e a qual abandonei) e em breve estarão também no Recanto das Letras. Posteriormente, irei também colocá-los na “Amazon”, projeto que ainda está em fase de estudo).
Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o livro “Empório das Palavras” do autor José Sepúlveda. Agradecemos sua participação na Divulga Escritor: Revista Literária da Lusofonia. Que mensagem você deixa para nossos leitores?
José Sepúlveda – Que melhor mensagem poderia deixar que não fosse a de aconselhar a que nunca abandonem os vossos sonhos e que eles possam ser partilhados com aqueles que nos rodeiam através da escrita, poesia ou prosa, para que a semente germine e possamos transformar o mundo numa grande “Metrópole” de paz, amor e liberdade onde cada um possa viver feliz e deixar nesta praia sem fim gravadas as pegadas da nossa peregrinação.
Divulga Escritor, unindo você ao mundo através da Literatura
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Contato: smccomunicacao@hotmail.com