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José Venade
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Depois dos violentos e trágicos incêndios ocorridos desde Junho e Outubro de 2017 em que vitimaram mais de 100 pessoas, o que constituiu uma grave tragédia nacional e algo que devia envergonhar os nossos governantes, estes, multiplicaram-se em comissões, estudos, projectos e promessas.
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Por seu lado, a sociedade civil manifestou rapidamente e em força, a sua ajuda, levando-a até essas populações, bens de primeira necessidade e rações para os animais. Milhões de euros foram angariados em donativos com a finalidade de ajudar aqueles que tudo perderam. Foi bonito de ver toda essa solidariedade.
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Passados cinco anos o que é que melhorou na prevenção? E no combate aos fogos florestais? E na recuperação do património edificado? Sim, é na prevenção onde tudo devia começar.
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O que é que não foi feito para que todos os anos, esta situação não seja uma terrível ameaça a Norte do Tejo?
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Nada, digno de registo, é o que se me apraz dizer.
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Quando se fala dos incêndios de Pedrogão, o que vem ao de cima é a corrupção. O uso indevido do dinheiro angariado, dos bens perdidos, e das prioridades na sua aplicação, o que constituiu uma machadada na confiança dos portugueses sempre prontos a ajudar.
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PUBA reconstrução de casas foi o que se viu, a estrada da morte ficou com a mesma (in) segurança, e as ilhas, tanques e outros refúgios para a população no papel. As cabras sapadoras ninguém fala delas. Os aceiros não foram alargados e os que há, poucos, não são mantidos limpos. Confia-se na sorte e o primeiro-ministro que é o mesmo desde 2015, vai prometendo o mesmo e cumprindo nada. O seu costume.
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Ora, se, até a água fria o gato escaldado tem medo, caberia à sociedade civil manifestar-se e mostrar o descontentamento. Só que, a sociedade, está cada vez mais egoísta e desinteressada, desde que não sejam os seus bens a arderem, já nada nem ninguém os perturba. Não questionam, nem se recordam do que lhes foi prometido, nem por aqui, nem nos locais onde foram grave e mortalmente afectados.
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Talvez os governantes tenham uma melhor interpretação, eleiçoeira, dos factos, do que leva os eleitores, mesmo roubados, mesmo mentindo-lhes, a acreditarem neles? E como tal, reagem em conformidade, mandando construir Memoriais caríssimos, como o que está a ser construído.
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No meu Concelho e olhando para a floresta a que ainda não ardeu, e, aonde rigorosamente nada melhorou, pelo contrário, eu pergunto: não seria mais útil, seguro e barato ter vigilância 24 horas, em todas as vias e, principalmente os estradões florestais? Manter limpas, as faixas de contenção junto às vias nacionais, Municipais e ruas? E os perímetros de limpeza à volta das freguesias?
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- José Venade não segue o actual acordo ortográfico em vigor.