Lucrar com(7)… Carros para Marroquinas

Jack Soifer

Consultor Internacional

 

Centenas de oficinas-auto ganham bem no Verão, ao fazer grandes trabalhos em carros dos emigrantes que vem cá de férias. Mas há um nicho muito lucrativo ainda a trabalhar.

Muitos milhares de Marroquinas trabalham uns três meses por ano no Alentejo, Ribatejo e não só, na coleta de frutos vermelhos e outros. Elas são mais cuidadosas do que os homens. Trabalham muitas horas por dia, são recatadas e vivem em alojamentos onde poupam todo o salário aqui recebido. Também no Sul de Espanha, na raia da nossa fronteira, ao longo da Beira Baixa.

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Às vezes são parentes, irmãs ou primas, que retornam vários anos seguidos. Ao final da estada, alternam-se a comprar um carro usado, exigência dos maridos, para as deixarem vir para cá.

“Vale muito em Marrocos. Uma pequena oficina cá pode comprar mas não re-registar o carro, recuperá-lo e revender à Marroquina ou ao seu marido o levar para registar lá”.

Há milhares de Norteuropeus que passam o Inverno cá. Trazem o seu segundo carro, mas não querem rodar dois/três dias todos os anos de regresso à base; o carro não pode ficar cá mais do que 6 meses. Não compensa pagar a alfândega. Querem vendê-los, mas ninguém os compra cá.

Um carro usado vale muito em Marrocos. Uma pequena oficina cá pode comprar mas não re-registar o carro, recuperá-lo como quase-novo e revender para a Marroquina ou o seu marido o levar para registar lá. Lá cuidados com o estofo e a parte interna é menos cara.

Outra vantagem é que este trabalho ocorre no Outono, quando algumas oficinas têm pouco trabalho. E ainda pagam em dinheiro, no minuto (sem factura?).

Há várias formas de marketing. Uma é um anúncio no semanário lido por homens, p.ex. de futebol, p.ex. em Tanger. Outra é contatar a dezena de empresas que contratam essas senhoras para trabalhos cá e em Espanha. A terceira é contatar direto as herdades onde elas trabalham. São quase todas as que cultivam uvas, frutos vermelhos e outros, com mais de 20 hectares. Se ela pedir, deves levar o carro até Aljeciras, no Sul de Espanha, onde sai o ferry para Tanger. Ela e a prima pagam o combustível.

Muitas dessas senhoras falam (mal) o Espanhol. Vários dos maridos também, pois já trabalharam em obras lá. Mas pode sempre contatar alguma das associações de marroquinos ou alguma mesquita para obter um intérprete, se necessário. Se bem que a linguagem técnica de carros é quase universal…

LER DETALHES NO ‘COMO SAIR DA CRISE’, cap.13. SIM, LUCRAR NA CRISE!

  

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