Modernidade das Comunicações

É compreensível que cada vez mais se fale numa escrita especializada radiofónica.

Isto na medida em que ao ser divulgada a notícia se deve evitar frases muito grandes, formas gramaticais complicadas, emprego de negativas, abuso de números e palavras longas sendo, por isso, conveniente, repetir-se o sujeito e o tema, daí que era um lugar-comum afirmar-se que o bom jornalista da rádio, normalmente, escrevia mal, pelo facto de a linguagem falada ser muito diferente da escrita.

  1. c) Televisão – Como tem vindo a ser referido, os Meios de Comunicação Social, desempenham um papel importantíssimo na sociedade, quaisquer que eles sejam, porque na verdade, ao longo do dia, inúmeras pessoas ouvem rádio, mesmo durante os seus percursos de automóvel; quantos leitores, apesar da “crise” ainda compram jornais, revistas e livros; quantos cidadãos acompanham, pela televisão, tudo o que de mais diversificado se possa imaginar, programas informativos, culturais, políticos, recreativos, debates, jogos, tornando-se popular entre nós o fenómeno das telenovelas, em que por vezes tudo para, as ruas esvaziam-se, nos cafés os ruídos diminuem.

De facto, a televisão vem desempenhando uma tarefa complexa e, simultaneamente, também aumenta o número de telespetadores, porque este meio de comunicação entra pelas casas e vai até à mais recôndita intimidade que é o quarto conjugal, naturalmente, que telecomandado, mas, ainda assim, nem sempre a vontade é mais forte do que o programa que está a passar.

Historicamente, não é fácil apontar-se, com rigor, uma data a que corresponda a invenção da televisão, muito embora a sua utilidade prática tenha estado desde sempre dependente da assimilação de várias novidades técnicas e de numerosas tentativas parciais e limitadas.

O primeiro aparelho de recção de imagens teria sido construído em França, em 1929 (por sinal no ano da grande crise económica mundial), com base em experiências que remontam ao século XIX. Em novembro de 1936, efetuou-se a primeira emissão televisiva pública em Inglaterra, verificando-se, a partir de então, uma vertiginosa expansão, apenas travada pela segunda guerra mundial, recomeçando depois, cada vez mais aperfeiçoada, técnica e esteticamente analisada.

Em Portugal as emissões regulares da radiotelevisão iniciaram-se a sete de março de mil novecentos e cinquenta e sete, com fraca cobertura a nível nacional. Apesar disso as maravilhas operadas, por este meio de comunicação, depressa o tornou popular e desejado em todos os lares.

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Com todas as vantagens e, seguramente, algumas desvantagens, o certo é que a televisão tem vindo a expandir-se de forma constante, envolvendo tecnologias de ponta e pessoal altamente especializado. O seu contributo na formação da opinião pública dos cidadãos é muito forte e, quantas vezes, irrefutável. A atualidade da informação ocorre, frequentemente, em simultâneo com o acontecimento.

Obviamente, cabe aos técnicos a explicação pormenorizada do funcionamento de uma estação de televisão, todavia, e numa base simplificada, poder-se-ia dizer que a emissão televisiva é uma combinação de luz, som e movimento, numa associação da rádio e do cinema, introduzindo em casa de cada um o espetáculo completo.

Assim, em televisão, uma reportagem do exterior envolve uma grande quantidade de pessoas e material, indiscutivelmente muito superior a uma reportagem de imprensa falada ou escrita. Esta exigência em pessoal e equipamentos, talvez explique, em parte, a dificuldade que os responsáveis pelos diversos serviços oficiais, e privados, sentem quando pretende levar ao conhecimento público acontecimentos de interesse social, por exemplo.

Não obstante as diversas dificuldades, os progressos técnicos, neste campo, têm vindo a facilitar um pouco as coisas, porque ainda não há muitos anos que para assegurar a transmissão de um determinado facto, por exemplo, um noticiário, era necessário que este fosse transmitido em direto.

Com a técnica avançada que, atualmente, se dispõe, já não é necessário que os filmes sejam submetidos ao tratamento laboratorial, podem ser preparados no trajeto entre o local da gravação e o estúdio, porque as bandas magnéticas já estão tratadas para a imediata transmissão, e isto graças ao recurso a aparelhagem altamente sofisticada.

Entretanto, as estações de televisão estão perante um desafio importantíssimo que consiste: por um lado, dotarem-se dos melhores profissionais; por outro, equiparem-se com a aparelhagem eletrónica cada vez mais complexa, a caminho da infalibilidade, quer na produção, quer na gravação, quer ainda no seu manuseamento.

A tudo isto acresce, também, a necessidade de salvaguardar importantes interesses ao nível das experiências associativas entre estações de televisão, relativamente aos respetivos filiados e público em geral. A televisão suscita, portanto, uma grande apetência pelo seu controlo e domínio por parte de alguns poderes instituídos e também a partir de grandes grupos económicos, políticos e ideológicos, na medida em que ela interfere, profundamente, na vida quotidiana de cada pessoa.

  1. d) Internet

Trata-se de um poderoso meio de comunicação social neste século XXI. Através desta tecnologia da informação e da comunicação, é possível a quem domine razoavelmente este meio, comunicar com todo o mundo, em direto, participar em quaisquer debates, frequentar cursos praticamente a todos os níveis, assistir a eventos de diversa natureza, publicar artigos, enfim, saber o que se passa em qualquer parte do mundo e, investigar um assunto técnico, científico, religioso, cultural, biografias de grandes vultos. Hoje, tudo está na internet.

Pela internet a vida dos cidadãos fica cada vez mais simplificada, porque não é necessário sair de casa para que se tenha acesso a múltiplos serviços, desde fazer compras, pagar contas, reservar viagens, hotéis, visitar quaisquer partes do mundo, viajar para onde se desejar, conhecendo-se, virtualmente, o que na realidade nem sempre se tem possibilidades financeiras para o fazer no âmbito real.

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Claro que este moderno e poderoso meio de comunicação, tal como qualquer outro, não oferece apenas vantagens e, certamente, existem também, muitas desvantagens que é necessário ter em atenção, quer em relação aos utentes adultos, quer no que respeita, e muito em especial, às crianças, adolescentes e jovens.

«O acesso a um grande número de informações disponível às pessoas, com ideias e culturas diferentes, pode influenciar o desenvolvimento moral e social das pessoas. A criação dessa rede beneficia em muito a globalização, mas também cria a interferência de informações entre culturas distintas, mudando assim a forma de pensar das pessoas. Isso pode acarretar tanto uma melhoria quanto um declínio dos conceitos da sociedade, tudo dependendo das informações existentes na Internet.

Essa praticidade em disseminar informações na Internet contribui para que as pessoas tenham o acesso a elas, sobre diversos assuntos e diferentes pontos de vista. Mas nem todas as informações encontradas na Internet podem ser verídicas. Existe uma grande força no termo “liberdade de expressão” quando se fala de Internet, e isso possibilita a qualquer indivíduo publicar informações ilusórias sobre algum assunto, prejudicando, assim, a consistência dos dados disponíveis na rede.

Um outro facto relevante sobre a Internet é o plágio, já que é muito comum as pessoas copiarem o material disponível. “O plagiador raramente melhora algo e, pior, não atualiza o material que copiou. O plagiador é um ente daninho que não colabora para deixar a Internet mais rica; ao contrário, gera cópias degradadas e desatualizadas de material que já existe, tornando mais difícil encontrar a informação completa e atual. Ao fazer uma cópia de um material da Internet, deve-se ter em vista um possível melhoramento do material, e, melhor, fazer citações sobre o verdadeiro autor, tentando-se, assim, ao máximo, transformar a Internet num meio seguro de informações.

Nesse consenso, o usuário da Internet deve ter um mínimo de ética, e tentar, sempre que possível, colaborar para o desenvolvimento da mesma. O usuário pode colaborar, tanto publicando informações úteis ou melhorando informações já existentes, quanto preservando a integridade desse conjunto. Ele deve ter em mente que algum dia precisará de informações e será lesado se essas informações forem ilusórias.» (http://pt.wikipedia.org/wiki/Internet#.C3.89tica_na_Internet (Ver o Capítulo Ética).

 

* Presidente HONORÁRIO do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal.

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