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Perigo de aluimento em Carreço

Desmoronamento

O risco de uma catástrofe, um aluimento de terras na rua da Estação, em Carreço, Viana do Castelo, é iminente. Por ali têm passado camiões pesados com cargas, primeiro para a demolição de uma casa, e agora para a construção de uma outra que, no entanto, tem outro caminho alternativo e que só passou recentemente a ser utilizado perante o crescendo de protestos dos moradores. Estes, estão apreensivos e temem pelas consequências do próximo inverno. A REFER diz que não é nada com ela, a Junta de Freguesia está limitada e procurou sensibilizar a Câmara Municipal que mantém o silêncio.

 

O processo arrasta-se desde o verão de 2013 quando um dos moradores alertou o então presidente da Junta de Freguesia, Viana da Rocha. Segundo troca de documentos a que tivemos acesso, então um catarpilar de lagartas abriu caminho sobre terrenos privados sem autorização dos proprietários e depois seguiram-se durante semanas camiões com cerca de 20 toneladas. O calcetamento da rua, feito com a colaboração dos moradores, foi gravemente danificado. A referida rua está a um nível superior mais de 6 metros da linha de comboios, pelo que os residentes fizeram um apelo à REFER – apelo este que foi então atendido ao ser colocado o suporte do lado da linha, a criação de uma caleira para encaminhamento de águas e o restauro do muro. Tudo em vão! Os transportes continuaram, o piso acabou por voltar a ceder, os muros de ambos os lados está com enormes rachadelas e a parede de suporte ao arruamento começou a desmoronar, sendo visível o perigo latente de aluimento.

Camiões pesados prvocam o deslocamento do pavimento e muros

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A situação ganhou maiores dimensões com a construção de uma vivenda a cerca de 500 metros, novamente face à circulação de veículos pesados. Mais: o acesso à nova construção é também feita por um caminho posterior à rua da Estação, na alegada rua da Castanheira conforme placa ali colocada, mas o nosso jornal constatou que atravessa terrenos privados onde foram colocados uns enormes pedregulhos, supostamente para impedir o trânsito dos tais pesados. Porém, a situação nada resolve dado que, volta e meia, estes são removidos para o lado permitindo novamente o acesso.

A Junta de Freguesia agora presidida por João Pinho, responsabiliza a empresa que tem a seu cargo a obra da nova moradia. «Solicitamos que analisem a situação, visitem o local e verifiquem o estado deplorável do pavimento do arruamento em questão, que se encontrava nas melhores condições até à passagem das vossas máquinas e camiões, bem como os acessos às propriedades com eles confinantes» – pode ler-se num ofício da autarquia. A empresa respondeu alegando que «iremos proceder á reparação do abatimento da calçada logo que nos seja possível». Isso aconteceu a 29 de Novembro com o envio de um funcionário, sendo a reparação contestada pelos moradores que no final a consideraram insuficiente e «tanto a Junta de Freguesia como o senhor engenheiro da Câmara Municipal de Viana estão de acordo comigo», lê-se numa carta assinada por um dos residentes.

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Aluimento e fendas de rachadelas

Com o objectivo de evitar a degradação do caminho e os riscos de aluimento do talude sobre a linha da REFER, os moradores solicitaram à Junta de Freguesia presidida por João Pinho  que o local fosse interdito a camiões com tonelagem superior a 3.500 kgs. A autarquia atendeu o  pedido ao dar parecer favorável numa comunicação à Câmara Municipal, também esta alertada inúmeras vezes da grave situação e dos riscos inerentes mas, até ao momento, nada foi feito. Nem mesmo um abaixo-assinado dos moradores terá sensibilizado quem de direito. Nem tão pouco a CM respondeu às cartas enviadas ao presidente José Maria Costa com as datas de 19 de Novembro de 2014, 14 de Janeiro e 21 de Julho de 2015.

O drama do desmoronamento é temido pelos moradores

O presidente da JF de Carreço confirmou ao Minho Digital as dificuldades em resolver a situação da qual também já deu conhecimento à CM. João Pinho confirmou, ainda, que já se verificou «um aluimento da parte poente» e há cerca de 1 ano conseguiram levar até ao local um responsável da REFER que, no entanto «rejeita qualquer responsabilidade» na crescente degradação no caminho, bem como nos muros a ceder. Por outro lado, a CM mantém o seu silêncio e inoperância.

Será que se está à espera que o mais provável desmoronamento dos muros sobre a linha e estrada sobre a linha da REFER cause danos avultados e vítimas?  

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