Que SEF…

José Andrade

Aposentado

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

O SEF, aquele serviço, que afinal não é ‘serviço’ nenhum, antes uma ‘polícia’, disfarçada, em que ninguém, parece, isto é, nenhum governante, tem mão nem controlo, matou um cidadão que pretendia visitar o nosso louvado e turístico Portugal.

Matou, mas antes de assassinar, torturou-o, e deixou que civis o torturassem. Como qualquer bando de energúmenos alucinados, depois de assassinar um cidadão, um ser humano, o SEF fez, e continua a fazer ilegalidades e impensáveis ofensas na vida de quem nele tropeçar. Ou será que as queixas e denuncias, públicas e publicadas, não dá para os mandantes deste nosso Portugal dos pequeninos, lerem, entenderem, e perderem uns minutos, averiguando o que se passa? O SEF mata, tortura e maltrata, e os altos responsáveis da Nação, assobiam para o lado, mandando às malvas quem assim tem vilipendiado a nossa tão ‘propalada’ hospitalidade.

Que o Presidente da República não tivesse telefonado à viúva, nem faça mais que aquilo que fez em declarações públicas sobre o tema, isto é, não coloque o ‘sentido de Estado’ na gaveta da conveniência populista por via dos votos, é compreensível. Incompreensível é a posição política dos partidos, com direito a cadeira ou não no banquete do Orçamento de Estado. Os partidos, a Procuradoria Geral da República, agora mais preocupada com a ‘lei da rolha’ inter-pares, e nem os muitos habituais ‘movimentos antifascistas’ e quejandos.

Constatar que esta nova Gestapo, que não é caso único no universo das polícias e policiazinhas que povoam o universo tenebroso dos meandros dos ditos ‘órgãos de segurança’ portugueses, é ‘milagre’ para crente em reunião de seita evangélica. Se o SEF era para ser um Serviço de controlo de estrangeiros e fronteiras, um meio e um modo de garantir a nossa, e a segurança que, como membro da União Europeia nos cabe no espaço comum, este SEF que nos coube em sorte, é um erro de casting.

Este é mais um daqueles ‘bondosos’ projectos que uns tantos ‘generosos’ políticos pervertem por insaciáveis razões. Em escala menor, porque felizmente na altura ‘alguém, travou a loucura e o desmando já passado em letra de forma, foi a criação dos Polícias Municipais. Mais uma desnecessária agência de colocação de ‘deserdados’, que uns tantos, sem a tal travagem a fundo, queriam como jagunços, armados. Ainda hoje estão por provar a necessidade da sua existência. Os ‘velhinhos, continuam a atravessar as ruas sem que eles ajudem, e a Escola Segura da PSP, curta nos meios, tem provado ser boa na gestão da atenção aos miúdos em tempo aulas.

Mas foi preciso criar este SEF para avivar memórias que já se julgavam enterradas. A História tende a repetir-se, infelizmente. E esta rapaziada que circula nos corredores do Poder, ‘ouviu’ falar na História, ouvindo estórias, só que romanceadas. E depois, temos a ‘produção’ legislativa que temos, e a ‘confusão’ governativa que gostamos. O SEF aí está a comprovar. Mas há mais.

Felizmente que a sempre atenta Provedora de Justiça, viu e alertou para isso. Se não consegue que alguma alma penada na governação cá do quintal luso, gente antifascista, canhestra, cheia de predicados ‘humanitários’, assuma, ainda que por momentos, algum decoro, feche o circo, mande as bestas para casa, e limpe judicialmente a estrumeira, é problema que a ultrapassa.

O SEF, como serviço de polícia, não tem razão de existir. E só existe porque o bloco central partidário está podre, treme, e teme, pela continuidade dos seus ‘rapazes’ lá empregados. O SEF existe ainda, ou ainda existe, porque da Esquerda à Direita que nos tocou em sorte, todos, na luta pela sobrevivência, precisando tanto dos dinheiros públicos para sobreviverem, como de oxigénio para respirarem, olham pela sua vidinha, e vendem a alma ao diabo. 

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Quem por cá anda e acompanha a vida pública e política à umas boas dezenas de anos, sabe bem como nascem estas ‘policias’ encapotadas. Mas também sabem como algumas acabaram.

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