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Rally de Portugal terá gerado 3 milhões de euros em Caminha

  • Passados já alguns meses e o Rally de Portugal volta a ‘circular’ no concelho de Caminha, e tudo isto porque na última reunião camarária, no dia 25, foi apresentado o estudo realizado pelo Centro Internacional de Investigação em Território e Turismo.

Estudo esse que muito agrada ao município caminhense já que é apresentado como impacto económico em Caminha num valor de 3 milhões de euros. Para este executivo tal só vem «comprovar a importância do investimento que gerou um efeito multiplicador extraordinário», acrescentando, ainda, que tal permitiu «recuperar quilómetros de caminhos florestais, o que se revelaria determinante para o desempenho dos bombeiros que, cerca de uma semana depois, foram confrontados com um grande incêndio naquela parte do território».

Segundo o estudo do CIITT que durante  nove meses trabalhou no mesmo e que avaliou o impacto em cada um dos 13 concelhos e também o impacto global para a região Norte, havendo aqui a registar “um retorno de 127,4 milhões de euros na economia do turismo e imagem do destino”.

Em Caminha os entrevistadores encontraram pessoas de 16 nacionalidades, sendo de destacar a presença de Espanha, com maior peso na Galiza, mas com representação de todo o território espanhol. No concelho, à semelhança dos restantes, os visitantes apreciaram sobretudo a paisagem, a gastronomia e a hospitalidade.

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Fernando Perna, doutorado em Economia Aplicada e responsável pelo CIITT, considerou o Rally de Portugal «um evento de enorme projecção e rendibilidade.» E, ainda, segundo este os factores que determinam tal passam por «um evento vivido em grupo, as pessoas juntam-se para assistir ao Rally e a estada média nos locais foi de três noites. Relevante é ainda o facto de que, para um em cada cinco inquiridos, esta foi a primeira deslocação à região Norte. Igualmente importante é a intenção em regressar, manifestada por seis a nove pessoas, em cada dez entrevistados».

Recordemos a propósito deste evento que o Minho Digital confrontou na altura unidades hoteleiras e comerciais sobre o impacto da passagem do Rally de Portugal por terras do concelho de Caminha e na altura nenhum referiu que tal tenha gerado um impacto económico.  http://www.minhodigital.com/news/rally-de-portugal-emo%C3%A7%C3%A3o-por-um-dia-custou-ao-munic%C3%ADpio-150-mil-euros 

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Sim, salientaram, que os grupos que chegam para assistir à prova ficam no local da mesma e não desceram à vila e depois da etapa seguem caminho para assistir a outra. E isso mesmo se constatou quando no final do dia o município tinha preparado um final de tarde festivo e o resultado foi um vazio populacional.

No entanto, Fernando Perna, ainda considera que os turistas que chegam para este tipo de eventos ou outros é «um tipo de turismo que gasta dinheiro na economia local, não é a mesma coisa que uma viagem agendada e paga no país de origem».

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Por sua vez, o município caminhense salienta somente ter investido 150 mil euros neste evento e assim se regozija por este «efeito multiplicador e indiscutível».

 

Justificação «extemporânea»

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Esta é a definição do PSD para a apresentação deste estudo. Efectivamente os sociais-democratas consideram que o presidente da Câmara, Miguel Alves, «tentou justificar, e diríamos de forma extemporânea, que o Rally trouxe retorno financeiro para o concelho de Caminha».

O PSD por diversas vezes colocou em causa o investimento feito naquela prova desportiva, mas sempre acrescentam que não pelo rally em si mas porque «foram gastos mais de 200 mil euros, em tudo o que envolveu esta etapa, numa altura em que andava a negar apoio a instituições, associações e às famílias do nosso concelho, não tendo havido retorno financeiro efectivo no concelho em geral».

 

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