Sejamos pássaros sem regresso

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Neves da Vila

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Tudo é emprestado,

nada possuído,

a não ser naturalmente consentido…

GOSTA DESTE CONTEÚDO?

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Enquanto respirável, tudo germina, renasce e nunca termina. Não há realidades, real é o que não está certo, não se aprende e constantemente nos escapa sem princípio sem fim… fosse verdade o que os meus olhos vêm, seria um não regresso com a morte à vista. Há uns que antecipadamente sabem da sua morte, outros sabem que vão morrer e ainda outros julgam que nunca morrem. Também há os que morrem devagarinho, e os que já nascem mortos, mais aqueles, que vivem à espera que o vizinho morra primeiro. Do que me pertence, me toca, agradeço à morte por saber que ela sabe esperar por mim. Contudo, enquanto a morte não chega, vou fazendo dela vida aquecendo a festa até que morra mormente devagarinho…O que eu gostava de facto, era saber da sua chegada, para antes me despedir de quem mais gosto, não quero deixar a título póstumo, a minha morada.

Todo homem mente, até à sua morte. Depois a verdade canta per si

O fenómeno das verdades e o crédito das mentiras é um hábito…

Uma nova ordem humana dá à praia, humana sem ordem, lassidão sem conhecer a causa…, porém, atrás doutra, o fim da ordem deixa outra humanidade…

 

Entre as fantasias do poder, há coisas belas; fenómenos naturais, a humanidade a flagelar-se nos mares ao gosto dos tubarões, a diversão das guerras, as vaidades narcotizadas, recreios próprios da coexistência pacífica da humanidade e das coisas pateticamente entretidas. Conhecesse, ou talvez não, a história de há milhares, milhões de anos dos seres mortos vivos, seres vivos, entre o poder e o medo, as trevas da ganância, o sexo Dionisíaco ou Apolíneo. Homem das coisas em papel carbonizado e tudo continua incendiado, igual, excepto a inocência ignorante da pedra mármore à espera dos funerais. «Temo que um dia a tecnologia venha a ultrapassar a interacção humana. O mundo terá uma geração de idiotas». Albert Einstein.

 

O homem para resistir, antes que seja morto, continua a matar. Mata para sobreviver, da mesma maneira que na selva o animal, o homem da caverna, da pedra, o homem moderno, da cidade, enquanto suas precisões, será sempre primitivo. É primitivo porque vive no artificialismo da ordem, estigmas imutáveis, pousado na nulidade do niilismo.

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Atravesso a cidade, entre a multidão estou só, estou só, porque à minha volta não sinto, não vejo ninguém, não vejo porque não existe ninguém que pense vivo. Por isso, não devo nada a ninguém e se devesse não pagava, não uso papéis, cartões, dinheiro.

Estou em casa deitado na cama, deitado há uma eternidade, perdi a noção da corrente da aragem, não da minha existência, a minha existência tem milhares de luas e noites! Existência porque penso, e enquanto penso, sou feliz. Por isso, não sinto vontade de sair nem de casa nem da cama. Escolho enlouquecer sozinho, que mal-acompanhado.

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