Ucrânia… 100 dias ou 100 anos?

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José Andrade

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A invasão da Ucrânia pela Rússia, que Putin afirmava, chegaria a Kiev em cinco dias, já ultrapassou, no momento em que escrevo, mais de cinquenta longos dias, e deixa no ar uma preocupante pergunta: – será esta uma guerra para cem dias, ou será um martírio para cem anos?

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Mas esta não apenas uma invasão de um país soberano, o que por si só já seria reprovável. Este é um acto, ataque, o minar de regras de Direito Internacional, de Códigos de Conduta, que podem, estão a colocar em causa os fundamentos da própria existência de uma parte do mundo, e não só da Europa. A humanidade ocidental, civilizada, amante da Liberdade, a começar pela União Europeia, quer agindo, ou reagindo, está confrontada com um dilema existencial. Qualquer que seja o caminho, lutando ou rendendo-se, a Rússia vai usar a Ucrânia como um teste, um ensaio, com lições ou ilações para chantagear, propagandear e comandar todos os amantes da nova ‘Ordem’, gente que um pouco por todo o lado faz o apelo ao egoísmo individual e ao nacionalismo ultramontano.

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O que se passa no Leste europeu, mais não é que uma versão recauchutada do que levou ao eclodir das duas últimas Grandes Guerras. De nada serve aos líderes em funções na União Europeia rebuscarem lindos argumentos – a história, se não se repete, infelizmente renova-se na fatalidade das consequências – e se estes dirigentes não querem ser as tais ‘boas almas’, cândidas, no dizer de um dos tais major-generais comentadores, tomem a tempo, e com tempo, medidas. Ajudando a Ucrânia, reforçando a coesão política interna dos povos europeus, que têm tido cinquenta anos de Paz, vivendo razoavelmente em condições de dignidade e em Liberdade.

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Se nada justificou, ou justifica o vil ataque à Ucrânia por Putin, ou melhor, da Rússia, já que ele foi eleito, e são russos os militares que invadiram a Ucrânia, destruindo e matando gente inocente, ao violar o equilíbrio pós-guerra II Grande Guerra, a Rússia, agora politicamente isolada, em desespero de causa, já mostrou que não exitará em recorrer ao uso dos mais infames métodos e armas, numa escalada de violência inimaginável, e que irá para além da periferia das suas fronteiras com os países vizinhos. Se em terra e no ar, já ficou demonstrado que o ‘urso’ tem pés de barro, nada nos diz que as ameaças do uso do arsenal atómico, não seja também mais um ‘bluff’.

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Os massacres de civis, de populações indefesas, assassinadas a sangue frio, na fuga dos bandidos de Putin, são assinaturas de derrota. E a ‘mãe Rússia’ mostrou, tem mostrado, que em questões de memória colectiva sofre de ‘disfunção cognitiva grave e galopante’. E se o mal de que padece a ‘mãe Rússia’ tem sintomas preocupantes, os seus ‘filhos’ nascidos em ‘barrigas de aluguel’, aproveitando a tolerância que a Democracia a todos oferece, usam o antiamericanismo primário e o anti NATO, quais inimigos da Democracia e da Liberdade para justificarem tais vis crimes. Intolerável o seu comportamento, como intolerável e compreendido o silêncio da ONU. António Guterres se reserva para a sua função um espaço de mediação, já teve tempo para um publico e cabal esclarecimento do seu papel.

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Será esta uma guerra para cem dias, ou será um martírio para cem anos? É uma pergunta pertinente, constante e merece, deve ser, parte das preocupações de todos aqueles que amam a Liberdade. Cinquenta dias sobre a inominável invasão da Ucrânia, deixou de ser um ‘passeio’ para os russos. E é muito mais que uma lição de patriotismo, coragem e valentia dos ucranianos.

 

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