Vladimir Putin: O homem para além dos seus sonhos imperiais

O homem que nasceu em Leningrado (actual São Petersburgo) em 1952 no seio de uma família humilde – os seus pais eram ambos empregados fabris – foi agente da KGB durante 15 anos e entrou na política na década de 1990, acabando por se tornar presidente no ano 2000, sucedendo a Boris Iéltsin, é hoje o homem mais poderoso da história recente da Rússia.

Embora oficialmente, o invasor da Ucrânia teime em aparentar que não possuir grandes rendimentos, já que faz constar que o seu salário anual não ultrapassa os 140 mil dólares e os meios oficiais afirmem que o presidente mão mostra qualquer sinal de riqueza, são por demais conhecidos os seus luxos e caprichos; desde logo a disponibilidade de monumentais propriedades que afirma não serem suas, como é o caso do Palácio do Mar Negro, baptizado como a “casa de campo de Putin”, que foi projectado e requintadamente decorado por renomados arquitectos e decoradores italianos.

As suas colecções de automóveis topo de gama, os seus aviões privados e os luxuosos iates de que dispõe são outros tantos exemplos de até onde vão os seus gostos e excentricidades. Mas teima em afirmar que nada disto é…seu.

Veste-se com fatos feitos por medida, que, segundo o jornalista Ben Judah, da revista Newsweek – que durante três anos investigou o ‘mundo’ de Putin – os seus fatos completos têm origem nos alfaiates italianos Kiton e Brioni, que mantêm um atelier em Moscovo.

As gravatas de Putin também são de marca (ele prefere as ‘Valentino’), e sempre calça sapatos italianos, gostando de usar os ‘Salvatore Ferragamo’, embora aprecie também os ingleses ‘John Lobb’.

Ainda a este respeito, resta referir que Putin é assessorado por um estilista e há uma regra inquebrável: “O estilista arranca todas as etiquetas de suas roupas, para que elas não chamem acidentalmente a atenção dos jornalistas”, escreveu o jornal “Russia Beyond the Headlines”, citado pelo britânico The Independent.

A sua paixão por relógios levou-o a constituir uma colecção onde avultam algumas marcas e modelos únicos e valiosíssimos, como é o caso de um ‘Patek Philippe Perpetual Calendar’, cujo valor base ronda os 60 mil dólares, e um ‘A. Lange & SöhnTourbograph Perpetual “Pour le Mérite’, avaliado em meio milhão de dólares. E sobre isso, uma vez mais, e sempre, o Kremlin nega que o chefe de Estado russo seja o proprietário desses cobiçados acessórios.

Enfim, sintetizando; “O estilo de vida deste estadista autocrata pode ser comparado ao de um sultão do Golfo Pérsico ou de um oligarca extravagante e muito rico”, declarou Nemstov no seu relatório sobre a fortuna de Putin.

Veja aqui o luxuoso interior do Kremlin, o ambiente czarista em que Putin se move com pompa e circunstância, como mostram as filmagens que repetidamente passam nas televisões de todo o mundo:

https://br.pinterest.com/pin/390898442642754684/