Aqui temos a colaboração habitual vinda da Galiza de José Verde Pardo.
ARCO DE QUIROS
Sim, eu te sigo,
Eu entendo você,
Estou tentando tirar você do seu velório,
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que sim,
deixe-me apertar o cadarço,
que você me permita respirar profundamente,
ou terei dispneia (*),
que os anos que tenho,
Eles serão o seu bálsamo,
que você pode chorar no meu ombro,
que eu suporto tudo,
Eu suporto tudo,
Eu aguentei… tudo…
Tudo ?
…menos a sua ausência
jovem, mordaz
e machuca meu interior,
quando você se levanta insolente,
bem acordado pela manhã,
e você me incita ao pecado
em seus lábios de maçã,
para imediatamente depois,
seduza-me e arraste-me
como um gatinho perdido,
até a soleira da cama…
Desajeitado, fraco, derrotado,
Sou transmutado em grão de pólen,
que mal atinge o vidro da minha janela…
…ou em um grama de brisa,
que desajeitadamente se enrosca na cortina.
( * ) Dificuldade para respirar